Motorizando – parte VIII (espinei)

Dia desses fui com O Chefe para São Paulo (é… a capitar…).

Pela manhãzinha, antes mesmo de sair da cidade, acompanhei-o num compromisso numa rádio local. Logo em seguida fomos a uma padaria tomar um café antes de pegar a estrada. Papo vai, papo vem, comentei da dificuldade que andava passando por conta da família numerosa – eu, Dona Patroa, os três filhotes (Tropinha de Elite) e meu sogro – toda vez que precisávamos sair em coletividade para algum compromisso. Com a criançada se aproximando da adolescência (em especial no que diz respeito ao porte), o Corsa já não estava mais dando conta de levar todo mundo. E, quando isso acontecia, o jeito era enfiar todo o povo no Poseidon (o Opala 90) e pegar estrada. O que também não era legal, pela falta de cinto para todos, etc.

“Mas por que você não compra um outro carro maior?” – foi a pergunta óbvia. Comentei que quase fiz isso há pouco tempo, mas ainda estava amadurecendo a ideia. A intenção seria uma Zafira, carro com duas grandes vantagens: sete lugares e da Chevrolet.

“Hmmm… Mas comprar um carro usado e que até já saiu de linha? Sei não… Acho que seria mais negócio você já partir para um zero. Por incrível que pareça, as taxas de financiamento para carro zero estão muito mais atrativas que as dos usados. E se o problema é a quantidade de lugares, por que você não dá uma olhada na Spin? Da primeira vez que vi, achei um carro feio pra burro! Mas depois, olhando melhor, analisando, até que é bem bonitinho… E é da Chevrolet!”

Spin? Que raio seria isso? Eu tinha que me informar…

Bem, depois do café, fomos pra Sampa, cumprimos nossas agendas e eu fiquei com aquela sementinha plantada na minha cabeça.

Depois de fuçar um tanto na Internet e ver as características do veículo e, principalmente, ter feito uma simulação no banco para ver se a conta corrente aguentava um empréstimo parrudo para veículo zero, já no dia seguinte fui até a concessionária Chevrolet mais próxima para conhecer pessoalmente essa tal de Spin.

Fui, vi e gostei. Bicho comprido e confortável, com um focinho imponente. Minha melhor definição para esse carro é que ele é como toda mulher gostaria que fosse seu sapato: pequeno e discreto por fora e grande e confortável por dentro. Mais um pouco e iria parecer a bolsa da Hermione Granger.

Mas o melhor mesmo é que a taxa de financiamento da própria concessionária saía ainda mais em conta que a do banco!

Ato seguinte conversei com a Dona Patroa (como meu pai sempre disse: “quando um não quer, dois não fazem”) e ela topou. Sessenta parcelas. Meio a meio. Fomos até a concessionária, ela fez um test drive – “é alto, né?” – e fechamos negócio. Levou um tempinho, coisa de uma semana, para acertar os detalhes. Papelada, transferência de seguro, etc. Mas hoje chegou!

Nosso primeiro carro zero! Fedendo novo! Que coisa mais deliciosa!

E, curiosamente, veio num dia muito especial. Exatamente hoje faz 17 anos que eu e ela trocamos o primeiro beijo… É, sou sim um dos últimos românticos, fazer o quê?

Hein? O Corsa? Vai bem obrigado. Combinei com a Dona Patroa que o financiamento da Spin seria total. Desse jeito eu posso aproveitar e, com a venda do Corsa, comprar uma moto – que, faz tempo, já andava querendo ter (de novo).

É, realmente. Não dou ponto sem nó…

😉

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