Será que era um seis cilindros?

Para quem ainda não sabe, eu adoro quadrinhos. É, sujeitos que gostam de Opalas costumam ter essa tendência de ser meio excêntricos mesmo… 😉

Bão, voltemos ao assunto. Outro dia, numa revista que comprei recentemente, havia uma cena bastante interessante: a Supergirl lutando contra outro herói, pronta para lhe arremessar um motor inteiro na cabeça. Mesmo que eu particularmente não tenha gostado muito do traço do desenhista (existem outros que teriam desenhado a mesma situação de forma espetacular), ainda assim uma coisa me chamou a atenção.

Será que era um seis cilindros?…

FlatOut

Enquanto penso no que fazer com a falha no motor do Titanic II, o jeito é me distrair um pouco com algum carro que ande de verdade.

Não, não é o Corsa da Dona Patroa!

(Até porque, depois dessa, ela anda regulando o novo carro…)

Trata-se de um jogo que vi rodando numa loja de, digamos, “softwares alternativos”…

– Ei! Guri! Que jogo é esse?

– FlatOut 2, tio.

– Quanto é?

– Vinte reais, tio.

Primeiro: tio é a véia. Segundo: pra quem não sabe, vinte contos na “linha alternativa” é MUITO caro.

Ao chegar em casa não tive dúvidas: consultei o oráculo formado pela tríade LimeWire, eMule e Ares, verifiquei a melhor conexão e botei pra baixar o jogo. A primeira versão mesmo, não só pra ter, mas também pra ver como é que é (coisas de colecionador).

Minha opinião?

MUITO BOM!

Fazia tempo – anos, pra dizer a verdade – que eu não me empolgava com um jogo desses. Mesmo tendo o PS2 das crianças em casa, nunca me encantei muito com os simuladores – exceção se faça ao Heroes of the Pacific, que gosto muito. Mas a interação que esse tal de FlatOut proporciona é fora de série! Um jogo muito bem escrito, com pitadas de inteligência artificial, e “danos reais” no carro. Bastante divertido, mesmo! Isso sem falar que alguns deles são carrões do estilo Opalesco da vida!

De minha parte, já estou a caça do FlatOut 2…

Carreata

Quatro de outubro.

Véspera das eleições.

Pra quem ainda não sabe trabalho no departamento jurídico de uma prefeitura no município vizinho ao da minha cidade, no interior de São Paulo. A disputa eleitoral, segundo as “pesquisas oficiais”, está bem acirrada (já falei o que penso sobre essa história de pesquisas bem aqui e aqui). O candidato do atual prefeito (que tem meu apoio) estaria “tecnicamente empatado” com o seu maior rival na disputa, havendo um terceiro candidato posicionado bem lá atrás e, ainda, um quarto, que, segundo penso, não deve conseguir votos suficientes nem pra se eleger vereador.

Daí, como forma de apoio, ficou agendado uma carreata para este sábado, logo depois do almoço.

Na parte da manhã resolvi dar um giro pela cidade com o Titanic II, até porque tem um adesivo do candidato que ocupa completamente o vidro traseiro do carro – daí já dá pra imaginar seu impacto visual. Se o Opalão 76 por si só já chama a atenção, com um adesivo do tamanho de uma semana então, nem se diga! Isso fora que este contador de causos que vos escreve ainda tem por costume o constante uso de chapéu – o que já me rendeu ser chamado desde Almir Sater até mesmo Indiana Jones e por aí afora.

Com um trânsito atravancado e cheio de bandeiraços espalhados pela cidade fui que fui queimando embreagem durante todo o percurso, sendo que, apesar de todos os vidros abaixados, estava passando por um calor infernal sob um sol de rachar coquinho. Parei no boteco’s bar de uma amiga pra uma cervejinha de praxe (não, não precisa “olhar” o carro não que já, já que eu volto) e depois segui meu caminho. Fui em alguns outros lugares e depois resolvi parar numa padaria pra um lanche, pouco antes do horário marcado pra carreata.

O carro estava meio amarrado e achei aquilo estranho.

Quando finalmente consegui parar resolvi dar uma olhada no motor. Apesar da tampa do radiador estar em seu devido lugar, esguichava água fervente pelo respiro e frestas (que não deveriam existir). O motor numa quentura só. E a porra do marcador de temperatua sem sair do lugar!!!

O “triste” é que nesse mesmo dia, logo pela manhã, eu havia telefonado pro mecânico para elogiá-lo, pois tudo estava funcionando bem. Que merda!

Deixei o capô aberto (pra refrescar) e fui tomar meu lanche.

Mais tarde, com o motor já melhorzinho, completei o nível d’água e fui para o ponto de encontro da carreata.

Muita conversa, bastante alegria, não demorou muito e lá fomos nós. Sem brincadeira nenhuma, com certeza mais de cem carros! O pior é que outros dois candidatos a prefeito tiveram a mesma ideia para o mesmo horário! Olha, a cidade que já não é lá muito grande (uns 140 mil eleitores) ficou tomada com aquelas serpentes de carros transitando cada qual para um lado.

Depois de mais ou menos uma hora, vítima das cervejas que havia consumido, já ficando meio verde pelo aperto, fui obrigado a fazer uma, digamos, “parada hidráulica”. Estacionei num posto de gasolina (com o motor já bem quente de novo) e fui pra casinha. Alguns bons minutos depois, já aliviado, voltei para o carro enquanto via os últimos veículos da carreata passarem, enquanto que vários outros carros do outro candidato tinham também parado no mesmo posto. Antevendo um ambiente não muito salutar à minha integridade física, baixei o capô, entrei no carro, apertei o cinto e… CADÊ A PORRA DA CHAVE???

Parei pra pensar.

Refiz meus passos – não só mentalmente como fisicamente – procurei nos bolsos, olhei dentro do carro, debaixo do carro, sob os tapetes, fui no banheiro, saí do banheiro, olhei num gramado, e NADA!

Foi aí que percebi os putos dos caboclos da outra carreata olhando pra mim e rindo a valer. Daí caiu a ficha. Sem perceber eu devo ter derrubado a chave e eles devem ter escondido. E agora José?

Munido mais de persistência que de conhecimento ou bom senso, no melhor estilo McGyver, saquei de meu canivete e um bom tempo depois, a custo de um tambor de ignição, consegui fazer o carro pegar.

Imaginem meu estado de espírito naquele momento. Imaginem o quanto eu estava suando. Imaginem o quanto eu estava puto da vida. Imaginem por quanto tempo os pneus de um Opala seis canecos podem queimar no asfalto e quanto um carro pode rabear numa fenomenal decolagem daquele maldito posto de gasolina, passando a centímetros dos carros estacionados e vendo o sorriso da cara daqueles chifrudos murcharem enquanto pulavam fora de meu caminho.

Acho que só voltei a raciocinar umas dez quadras depois.

Liguei para saber onde o povo estava. Literalmente do outro lado da cidade. Busquei mentalmente um ponto de interceptação em uma das ruas onde eles ainda fossem passar e fui pra lá. Levou mais uma meia hora, mas chegaram e ficaram com uma interrogação enorme querendo saber como foi que eu passei à frente de todo mundo sem que percebessem…

Melhor deixar pra lá.

Um dia, quem sabe, eu explico.

Interlúdio

UFA!!!

Este post, na realidade, foi escrito em 06/10/2008. Quebrei a ordem cronológica somente para dar uma satisfação para os quase seis leitores que passam por aqui de quando em quando…

Por causa de minhas atividades profissionais – sou advogado na área de licitações e contratos num município do interior de São Paulo – essa época de eleições acabou por consumir quase todo meu tempo, sanidade e energia.

Mas acabou.

E da melhor forma possível.

Começarei voltar a (a)normalidade de sempre, primeiro respondendo os comentários efetuados, liberando os que estão em moderação, etc. Em seguida começo a (re)atualizar o blog com as últimas aventuras do Titanic II, já que o 79 continua paradinho em seu poleiro – por enquanto!

Falaremos sobre tuchos hidráulicos, carburadores rachados, motores fervidos, radiadores rebeldes que destroem hélices e coisas do gênero. Isso sem falar, é lógico, nas fotos de sexta e num ou noutro causo em quarta que me vier às mãos.

Assim, peço-lhes (mais) um pouco de paciência, pois já, já voltaremos a rodar em conjunto com nossas histórias Opalísticas de praxe!

Um grande abraço a todos que, teimosamente, continuam a aparecer por aqui!

Valeu!

Aviso aos navegantes

Péraê gente! Tenham calma. Ainda sou eu mesmo…

Mudança de servidores, transferência de arquivos, atualização do WordPress, travamento de uploads, reconfiguração da base de dados, ressaca, dia dos pais, Olimpíadas, conflito entre URSS e a Geórgia, surgimento de manchas solares, reversão da teoria do Big Bang, enfim, zilhões de coisas (des)contribuíram para esse visual franciscano do site.

Mas ainda tá tudo por aqui, em algum lugar, a salvo nas catacumbas de meu computador.

Ou seja, já, já voltamos à nossa programação anormal de sempre…

Por hoje tenho que dar um tempinho, pois sou eu quem tenho que cozinhar pros sogros, cunhados, pais, Dona Patroa e pra Tropinha de Elite!

Tá, vá lá. É só um churrasquinho…

Mas disso eu (acho) entendo!

Vida longa e prosperidade!

E paciência…

Tonhão da PowerPlus

Fiquei sabendo do desaparecimento lá pela lista. Segundo consta, esse Antonio é dono da oficina Power Plus, em São Paulo, opaleiro e preparador de carros (dragsters). Conforme noticiado no Folha Online, em 08/07/08:

“FAB procura helicóptero experimental desaparecido desde sábado em SP

Um helicóptero da FAB (Força Aérea Brasileira) sobrevoa na tarde desta terça-feira a região da serra do Mar, em São Paulo, em busca da aeronave experimental matrícula PT-ZKS que desapareceu no sábado (5). De acordo com a FAB, os trabalhos têm sido difíceis porque o mau tempo prejudica a visibilidade.

De acordo com a Appa (Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves), o piloto, Antônio de Freitas, voava por hobby em um helicóptero que ele mesmo construiu. Na tarde de sábado, ele decolou de Atibaia (64 km de São Paulo) com destino a Ubatuba (litoral de São Paulo).

No entanto, durante o trajeto, por volta das 14h20, ele telefonou do celular para um amigo afirmando que não poderia seguir viagem devido ao mau tempo e que iria pousar em uma clareira que encontrara. Ele ainda teria dito que ficaria incomunicável em seguida porque a bateria de seu telefone estava no fim.

Conforme a FAB, o fato foi comunicado na noite de domingo (6) e, na segunda-feira (7), um helicóptero do Rio foi deslocado para realizar as buscas. O helicóptero está sediado em São José dos Campos (SP).

Segundo a Appa, à qual o piloto é associado, aeronaves alugadas pelos familiares dele também vasculham a região entre Atibaia e Ubatuba.