Desmontando o agregado

Bem, como eu já havia dito aqui e baseado – inicialmente – neste tutorial, resolvi proceder a desmontagem completa do carro. O motor com seis canecos, como vocês ainda devem se lembrar, está carinhosamente guardado no fundo da garagem de casa, juntamente com o radiador e o cardã.

Naquela bancada que fiz aproveitando alguns caibros velhos daqui de casa (e que até hoje não terminei completamente) foi instalada uma morsa para necessidades futuras – que, com certeza, virão. Depois de um pedreiro que passou por aqui tê-la usado como andaime, foi preciso desmontar uma parte dela para retirar o excesso de cimento infiltrado nas frestas. Fiadaputa.

Como a Dona Patroa saiu de casa, deixei o kit básico à mão: celulares, máquina fotográfica, cigarros e uma cachaça. Particularmente prefiro uma cervejinha, mas não tinha nenhuma em casa e fiquei com preguiça de sair para comprar…

Enfim, mãos à obra!

Mas o negócio é… por onde começar?

Avaliei bem e resolvi começar soltando o pivô da direção (aquele bracinho bem ali na parte de baixo).

Eis aqui o danado sob outro ângulo. Confesso que deu um certo trabalho para soltá-lo. “Um certo trabalho”? Acho que estou sendo educado para comigo mesmo! Deu um trabalho do cacete! Primeiro que eu não tinha a chave do tamanho correto e tive que improvisar com uma inglesa E uma chave de grifo. Depois o danado não saía de jeito nenhum e tive que “insistir” com um punção (um pequeno pontalete) e na base de carinhosas marteladas tirei-o do lugar!

Muito bem, esse pivô é ligado a um braço auxiliar que é fixado do outro lado da lataria. Olhando nessa foto seguinte, dá pra ver aquela barra que sai por ali, logo abaixo do escapamento e atravessa por baixo do motor (se ele estivesse ali).

Esse braço auxiliar é preso na lataria logo abaixo da bateria. São parafusos passantes e com comprimentos distintos – todo cuidado é pouco para não perder as porcas!

A falta de fotos dos momentos seguintes reflete meu suadouro face à trabalheira que deu para soltar os parafusos que fixam o agregado na longarina. Antes de mais nada foi preciso colocar o macaco numa posição estratégica para descer todo o conjunto. E, de modo a evitar uma “queda abrupta”, coloquei duas rodas que restaram de um fusca que tive, prontas para sustentar todo o restante.

E não é que o amaldiçoado do parafuso é passante? E com uma porca lá do outro lado! E, ainda, estava torto! Foi um belo exercício de contorcionismo aliado à paciência e perseverança para tirar os quatro! Mas sou taurino, filho de mineiro e teimoso até! Não sei quanto tempo se passou até que conseguisse tirar todos, mas pareceram-me horas…

Bem, eis os parafusos e suas buchas, devidamente retirados – lembrando que os da parte da frente são mais longos.

É LÓGICO que alguma coisa tinha que passar em branco, não é mesmo?

E isso foi exatamente o encanamento do freio, que ficou total e completamente esticado quando comecei a descer o conjunto. Percebendo isso, liberei-os e continuei a descer todo o resto até ficar apoiado nas rodas.

Mais tarde deverei desmontar também essa parte do freio para poder tirar o conjunto dali.

Ou seja, será mais uma coisa que nunca fiz na vida – mas, fazer o quê? Ninguém nasceu sabendo… 😉

E eis uma panorâmica de todo o conjunto já no chão…

Aproveitando o ensejo, tive que fazer uma pequena remoção do pára-choque traseiro do carro. Acontece que a besta que vos tecla, para deixar espaço suficiente de trabalho na dianteira, acabou por deixar a traseira no limite da passagem dos carros. E esse limite estava muito bem representado pelo próprio pára-choque, que quase raspava na lataria na hora de manobrar.

Com sua retirada facilitou um pouco mais manobrar o carro – se bem que a Dona Patroa continua reclamando…

Bem, perdi a conta de quantas doses de cachaça foram desde o início até o final da operação. Mas, em compensação, reinventei e metarreciclei um componente que estava jogado pras traças! Lembram-se daquele carburador com complexo de panela de pressão? Então. Ele dá um excelente cinzeiro!

Bem, o próximo capítulo – com certeza – deverá tratar da aventura de desmontar a parte do freio e demais componentes que o integram. Provavelmente, pelo andar da carruagem lá no trabalho, deverei “brincar” com isso somente em algum próximo feriado prolongado…

7 comentários em “Desmontando o agregado”

  1. fala amizade tudo bem, quero te parabenizar pelo seu bom gosto de carro, comigo carrego uma(maldição ou benção, sei lá)bom o que interessa é que amo o opala e nao fico sem um na garagem, ja tive varios meu ultimo caso é com uma espaçonave ano 84 4 portas nao ta essas coisas mas da pro gasto ate eu reformar, mas fica ai meu alo pra lembrar que voce nao esta sozinho nesta caminhada, muito legal vc compartilhar um pouco da sua vida com ou outros petroleiros…digo opaleiros um abraço ,sou de Caçador sc, volta e meia to visitando sua pagina té mais

  2. Excelente ! Acompanho a “aventura” faz tempo, parabens a você pela iniciativa, quero um dia poder fazer isso com meu 76, mas como ele é meu unico carro (graças a Deus) hhhehe não posso ! Quando eu montei a máquina de vidro também foi por ae, umas breja, 2 maços de ferro elétrico filtro branco e muita paciência, pq aquilo foi um parto ! Parabens de novo e continue atualizando !

  3. José, opaleiro e companheiro de agruras reformísticas! Agradeço suas palavras e, na medida do possível (tá difícil ultimamente), tentarei continuar não só a reforma como a atualização aqui do blog.

    Paulo, como acabei de dizer, já tô em débito para comigo mesmo – que dirá então para meus quase quatro e meio leitores? Vamos ver se ainda essa semana consigo trazer alguma coisa interessante por aqui…

    Abração!

  4. Cirlene, se estivermos falando da suspensão dianteira – e creio que estamos – o que você chama de “balança superior” nada mais seria que o denominado “braço da suspensão”, certo? Um maior embaixo, outro menor em cima, mas ambos com o mesmo nome.

    Nesse sentido tem diversos parafusos, buchas e encaixes que fazem parte dela, tanto prendendo-a ao sistema de amortecimento quanto ao chassi do carro.

    Ou seja, não sei identificar a qual “pino” você está se referindo…

    Tem como melhorar um pouco sua pergunta, explicando melhor o que você precisa fixar onde?

    Como já disse mais de uma vez, não sou mecânico, apenas um mero fuçador – mas até onde eu puder ajudar com meus palpites, com certeza estarei à disposição!

    Abração!

  5. Amigos boa tarde!
    Tire-me uma dúvida, no caso de manutenção desses paraafusos do agregado e longarina, pode-se trocar somente as borrachas ou tem que ser o parafuso com a borracha completo ??

    gde abs.

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