Sim, trambulador existe!

Já tentaram empurrar um carro travado na primeira marcha, sozinho, numa garagem apertada, estorcendo pra direita, de ré, com um pé só – porque o outro estava na embreagem?

Olha, não foi fácil…

Mas também não foi impossível!

Uma vez com o carro alinhado com a entrada da garagem, e como a primeira marcha estava funcionando, bastou manobrá-lo até uma pequena rampa que tem do lado de dentro, só para que ficasse com um vão livre um pouquinho maior sob ele – permitindo assim que eu me movimentasse com um pouco mais de liberdade.

Entrei debaixo do carro pelo lado do passageiro e sem conhecer visualmente o que seria um trambulador. Ainda assim sabia mais ou menos como ele DEVERIA parecer e qual seria sua mais provável localização – sob a alavanca do câmbio. Olha aí a carinha dele:

As varetas que saem dele vão direto para a caixa de marchas lá no motor. Nesse caso específico, o balancim menor (o que está em primeiro plano na imagem) estava totalmente para trás, confirmando o travamento da primeira marcha. Lembrem-se que se eu empurro a alavanca do câmbio para frente, sua outra ponta funciona como uma gangorra, impulsionando o lingote para trás e fazendo com que a vareta puxe alguma coisa lá no câmbio, encaixando a dita primeira marcha.

Convoquei meu ajudante de todas as horas (meu filhote mais velho, de sete anos) e lhe pedi para que pisasse na embreagem enquanto eu me enfiaria debaixo do carro. Uma vez na posição de cirurgia, nem foi preciso de muita coisa. Bastou que desse uma pancadinha (na verdade estaria mais para um empurrão) no lingote para que tudo se encaixasse novamente em seus lugares.

E o câmbio voltou a ser engatado!

Simples assim.

Vejam mais um ângulo desse fatídico instrumento travador de marchas (agora visto por trás):

Aliás, é curioso como olhando exatamente de baixo para cima dá inclusive para ver a alavanca do câmbio, do lado do banco lá em cima… Vejam só:

Câmbio consertado, fui dar uma volta com o carro para ter certeza…

Perfeito! Ficou como se jamais tivesse acontecido nada!

12 comentários em “Sim, trambulador existe!”

  1. OLHA, NA VERDADE ENTREI NESTA PAGINA SOH PARA VERIFICAR SE O MEU PROBLEMA ERA SEMELHANTE AO SEU, MAS VEJO QUE O MEU NAO PARECE SER TAO SIMPLES; ADQUIRI RECENTEMENTE UM OPALA DIPLOMATA 6CC MOVIDO A GNV, ESTAVA EU ENCIMA DO ELEVADO, QUANDO DEREPENTE , COM O TRANSITO LENTO, ACELEREI E OUVI E SENTI UM TRANCO, PENSEI QUE HAVIA ESCAPADO A MARCHA, POREM A ALAVANCA DE CAMBIO ESTAVA “BOBA”, COMO ESTAVA ENGATADO NA 2A MARCHA PROSEGUI ATEH ACHAR UMA OFICINA (AS 18:35), LAH NA RUA TUPI. O CARRO FOI ANALIZADO E VEIO O VEREDICTO:
    “A ALAVANCA QUEBROU E EH PRECISO TROCAR O CONJUNTO INTEIRO, TRAMBULADOR. MAIS ALAVNCA COMPLETA, O SERVIÇO VAI SAIR MAIS OU MENOS 450 REAIS”, COMO SOU TOTALMENTE LEIGO, FIQUEI NA DUVIDA, POR ACASO VOCE SABERIA ONDE ENCONTRO TAL PEÇA? SERAH QUE O DIAGNOSTICO FOI CORRETO?

  2. Tarcizio, na verdade não sou mecânico, mas meramente um curioso e destemido fuçador – ou seja, desmonto primeiro e vejo se consigo montar depois…

    Na minha opinião de leigo parece que foi isso mesmo. Mas como não sei (ainda) como se dá a ligação entre a alavanca do câmbio e o trambulador em si, fico na dúvida se também seria realmente necessário trocar este último. Ou seja, se somente a troca da alavanca já não resolveria o problema.

    Na dúvida, faça como a gente costuma fazer com médicos: peça uma segunda opinião (e orçamento) em outro mecânico.

    Particularmente achei o preço meio salgado…

    E, se possível, me avise como resolveu o problema! Independentemente de qualquer coisa, será interessante deixar registrado aqui para futuras consultas…

  3. e ae amigo blz ?! Tenho um Opala Coupe 1976 2500cc, câmbio 4 marchas no assoalho varetado. Como o meu Opala já deve ter passado em várias e desleixadas mãos, ele não tem aquela “cebolinha” da luz de ré, só aquele maldito botão no painel! Gostaria de saber se o seu Opala possui essa peça e se sim, poderia postar umas fotos de onde ela eh fixada, onde vai a mola etc.. Agradeço desde já !

  4. Eu tive um problema parecido com o amigo Tarciso em uma C 20 que eu tinha e como todos sabem ela tem a mesma mecanica do Opala seis cilindros. No meu caso a alavanca de marcha e presa ao trambulador por um pino que chamam de Pino Elástico, que tambem pode ser substituido por um prego, no caso de “quebra galho”, por tanto eu acho que essa mão de obra esta muito salgada, procure uma oficina que tenha mecanicos das antigas, que eles sabeem o que fazer. Espero ter ajudado.

  5. Tenho um Diplomata 6 cil,4100cm3, álcool, 1988, câmbio mecânico de 4 marchas e marcha ré para baixo e para frente.
    Depois de dirigir por um tempo, quando paro, o calor do motor passa para o câmbio e não consigo mais engatar a marcha a Ré. A alavanca não abaixa nem com muita força. Quando esfria, volta tudo ao normal, com todas as marchas encaixando perfeitamente.
    Gostaria de resolver esse problema, e se alguém tiver alguma experiência sobre o mesmo, eu agradeceria pela opinião. Grato, Júlio.

  6. Júlio, fica aí seu apelo. Mas, palpitando um pouquinho sobre o assunto – e correndo o risco de falar alguma enorme asneira – já viu se o sistema está devidamente engraxado e lubrificado?

    Se o “problema” só aparece quando o carro está quente e volta ao normal quando esfria, em tese poderia estar relacionado com a questão da dilatação dos materiais. Ou seja, ao esquentar dilataria as engrenagens que, por não estarem devidamente lubrificadas, acabariam “travando”. Após esfriar, com o retorno ao tamanho “normal”, volta a funcionar…

    Sim, é só um palpite, meio forçado talvez, mas é no que este mexânico que vos tecla pode colaborar.

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