Superman – IX

Biografia de Joe Shuster

Joe Shuster é um artista de HQs e tiras nascido no dia 10 de junho de 1914 em Toronto, Canadá. sua família se mudou para Cleveland, Ohio, em 1923, e foi ali que ele conheceu o argumentista Jerry Siegel. Juntos, quando adolescentes, os dois começaram a publicar fanzines de ficção científica. Em uma das edições, fizeram um artigo sobre o romance Gladiator, de Philip Wylie, que foi a base para a maior criação deles, o Super-Homem, concebido em 1933.

Ao mesmo tempo, Shuster estava estudando Arte e cursava o John Huntington Polytechnical Institute e a Cleveland School of Art. Em 1936, Siegel e Shuster entraram no negócio de revistas em quadrinhos através da New Fun Comics, Inc. – que, mais tarde, se tornaria Detective Comics e depois National Periodics -, produzindo histórias convencionais de aventura, como Dr. Occult, Henry Duval, Spy, Federal Men, Radio Squad e Slam Bradley.

Em 1938, porém, a companhia comprou deles a primeira história do Super-Homem por 130 dólares. Fazendo sua primeira aparição na edição inaugural de Action Comics, o Homem de Aço foi um sucesso imediato e, desde então, avançou até se tornar o mais conhecido personagem de aventuras dos quadrinhos.

A arte de Shuster era primitiva, chapada, até mesmo primária, mas lindamente projetada e bem concebida. De certo modo, seu estilo simples tornou-se a receita para os primeiros gibis de aventuras, mas seu trabalho era em geral melhor e mais inspirado do que as imitações que se seguiram. Ele gostava de usar planos distantes, que mostravam o personagem inteiro; sua arte nunca foi pretensiosa ou experimental. Em vez disso, Shuster se contentou com o trabalho narrativo direto, que o crítico e artista James (Jim) Steranko uma vez comparou ao estilo dos cartunistas editoriais.

Embora Siegel e Shuster tenham ganho bastante dinheiro com o Super-Homem – o Saturday Evening Post estimou a renda deles em 75 mil dólares em 1940 – e embora tenham aberto um estúdio para produzir as quantidades sempre ascendentes de material solicitadas pela National, eles nunca tiveram nenhum direito sobre o personagem. Shuster desenhou o kryptoniano até 1947 – para os gibis e para as tiras de jornal do McLure Syndicate – e terminou sem nada.

Após trabalhar um período com o Bell Syndicate na tira Funnyman, escrita por Siegel, o canadense abandonou completamente a indústria quadrinística.


Mário L. C. Barroso

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  (Publicado originalmente em algum dos sites gratuitos que armazenavam o e-zine CTRL-C)

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