O difícil é manter o espírito…

Já fiz essa dolorosa pergunta por aqui mais de uma vez: “a criança que eu fui teria orgulho do adulto que me tornei”?

Não sei, não sei, sério que não sei…

Adoraria dizer que sim, que sou fruto do que pretendia ser – mas, na verdade, sou resultado de tudo pelo que já passei, não necessariamente que quisesse ter passado. Mas um passado é tanto inevitável quanto necessário.

E vendo esse vídeo do 2CELLOS (“Wake me up”) ficou claro qual o futuro que me aguarda… Mas, tal qual no vídeo, talvez também não necessariamente eu queira ter um futuro tal qual como se me apresenta. Afinal de contas, já não hackeei meu passado? Por um acaso já não dou jump no meu presente? Então, por que não desvirtuar meu futuro? Tudo em prol de tentar deixar aquela criança lá de trás orgulhosa.

Confiram por si mesmos!

É disso que estou falando!!! 😀

Qual é o seu “padrão de beleza”?…

Invariavelmente as imagens que vemos em revistas – principalmente as femininas (ok, masculinas também…) – são manipuladas pelo Photoshop.

A ironia da vez veio por intermédio da cantora Boogie, mocinha nascida em Budapeste (quem nasce lá é o quê?) cujo verdadeiro nome é facílimo: Csemer Boglárka. Fale isso em voz alta bem rápido três vezes, quero ver!

Mas, enfim, o clip da canção Noveau Parfum, além de mostrar toda a transformação photoshopeada enquanto ela canta, também é forte em sua ironia, pois o refrão – num apaixonado francês – diz mais ou menos o seguinte: “Não sou um produto… Eles não podem mudar o que sou.”

Legal, não?

Então confiram o vídeo:

Paris

Já viram um pêssego?

Não, não estou falando de pêssegos em calda – em que pese serem uma delícia quando acompanhados de creme de leite…

Estou falando do fruto. Já pegaram um? Experimentaram a textura de seu exterior? Se sim, sabem que é uma coisa assim aveludada. Uma aspereza suave, uma delicadeza que encanta e não fere.

Vamos tentar melhorar. Ao menos para os insensíveis homens que de vez em quando frequentam este nosso cantinho virtual. Noite. Baile. Um clima ligeiramente frio, daqueles de se vestir bem e ficar num quentinho aconchegante. Ela vem, usando um vestido preto. Veludo. A orquestra começa a tocar uma música suave e você a tira para dançar. Pousa sua mão em seu quadril, deslizando até as costas, no limite do decote. Sente a textura do tecido aveludado, tanto áspero quanto suave ao mesmo tempo… Percebeu?

Bem, já viajei demais na maionese pra quem queria falar de OUTRA coisa.

Evocar essa lembrança tátil do que seria algo aveludado foi com a simples intenção de comparar essa sensação com aquilo que sinto ao ouvir a voz de Yael Naim, 34 anos, uma cantora e compositora franco-israelita de origem tunisiana. Sua voz é assim: aveludada. E encantadora. Somente ouvindo pra compreender. Então desfrutem um bocadinho dessa maviosa voz com essa música saborosíssima chamada Paris.

 
Ah! Só pra constar: foi dica da Bruna Caram

Caminho pro interior

Bruna Caram

 

A manhã nasceu lá fora
O meu tempo é mesmo agora
Já vesti a roupa colorida
Na cabeça vem aquele verso
Sobre o meu novo universo
A canção que é minha preferida
Nesse rio sei andar na beira
Desvario é essa cachoeira
Trilha subindo a mata
A vista que me arrebata

Essa estrada me chamou
Eu vou
Caminho pro interior

Quaresmeira se encheu de flores
Já calcei o velho tênis
Não tirei nosso bóttom da mochila
Ter de novo sua mão na minha
A razão por que andou sozinha
Nem sei mais, um sentimento não vacila
Escutei sua voz no vento
Coração salta no meu peito
Estou de alma lavada
Não chove mais na minha estrada
Seu olhar já me chamou
Eu vou
Caminho pro interior
Seu olhar já me chamou
Eu vou
Caminho pro interior