Deixando a vida mais colorida…

Em tempos de confinamento há que se arranjar o que fazer… Então descobri o site http://www.myheritage.com.br/incolor para colorir aquelas fotos preto e branco (sim, elas ainda existem!) em apenas alguns segundos e com apenas um clique!

Confiram o resultado comparando as originais com as colorizadas:

       
Casamento de meus pais, Bernardete e José Bento.

       
Casamento de meus tios, Dionísia e Lélio.

       
Casamento de meus sogros, Satiko e Sussumu.

       
Meu avô paterno, Antônio de Andrade.

       
Meu avô materno, Bernardo Claudino Nunes.

       
Dona Bernardete.

       
Seo Zé Bento.

       
Los Tres Hermanos: Adauto, Adilson e Anselmo.

       
Outra de Los Tres Hermanos…

       
Outra de meus sogros.

       
E aquela famosa foto de meu pai em sua motoca!

Livro da Família Andrade

Muito bem, família! Vocês devem se lembrar do quanto aporrinhei todo mundo até conseguir levantar todas as informações para montar esse livro aí do lado… Só que tem um detalhe: ele somente tem os registros de nossa família até 2012! E como já estamos em 2017, como todos sabem muito bem, tem muita gente que já casou, que separou, outros tantos nasceram e infelizmente alguns também morreram…

Então, família, conto com vocês para me ajudar a atualizar este nosso livro!

Pra facilitar procês, eu dividi o livro de acordo com cada ramo da família – ou melhor, cada um(a) dos(as) filho(as) do Vô Antonio e da Vó Bastiana – bastando clicar na respectiva imagenzinha aí embaixo para ter acesso ao arquivo PDF.

Reitero que esse livro é nosso: cada indivíduo descendente tem um par de páginas à sua disposição. As informações básicas, como data e local de nascimento, peso e altura quando nasceu, quando e com quem se casou, quantos e quais filhos teve, bem, esse geralzão em sua maioria já tá lá. Mas caso queiram inserir uma ou mais fotos, trocar a foto que está no livro, acrescentar ou alterar um texto ou uma mensagem, enfim, dar uma personalizada como um todo, agora é a hora!

Aliás, confiram os dados de cada arquivo e assim que possível me mandem as atualizações e correções, ok? E mais: não se limitem ao seu ramo da família não! Até porque não custa nada dar uma fuçada nos arquivos do resto do nosso povo, né?

Vocês podem escrever aqui nos comentários mesmo, ou, se preferirem, basta me encaminhar as informações diretamente para o meu e-mail: adauto@andrade.sjc.br .

E aí? Tão esperando o quê? Bóra atualizar issaí, moçada! 😀

José Bento de Andrade
ZÉ BENTO

Fé dos Santos de Andrade

Esperança dos Santos Andrade
ESPERANÇA

Caridade de Andrade
CARIDADE

Felizberto de Andrade
DINHO

Jorge Andrade
JORGE

Maria Madalena de Andrade
MADALENA

Pedrina de Fátima Andrade
PEDRINA

Maria Laura de Andrade
LAURA

Roberto de Andrade e Geraldo de Andrade
ALEMÃO E GÊRA

Convites e mais convites

No meio de mais uma madrugada – pra variar – insone, eis que mais uma vez comecei a dar uma arrumada na papelada que teimo em guardar e que, de tempos em tempos, teimo em jogar fora…

Como eu estava fazendo algumas anotações sobre genealogia numa pasta (virtual), fui procurar uma pasta (física) que deveria ter alguns documentos que me serviriam. E eis que começo a encontrar alguns outros “documentos” que nem eu mais lembrava que estavam por ali!

Antes de mais nada, deixa eu explicar uma coisinha: em termos de genealogia as pesquisas em fontes “primárias” são totalmente confiáveis e normalmente são feitas tendo por base certidões e registros diversos de cartório; as pesquisas em fontes “secundárias” são relativamente confiáveis, tendo por base outros estudos já efetuados por outros genealogistas e que estão registrados em livros, artigos, etc; e, por fim, as pesquisas em fontes “terciárias” são confiáveis na justa medida em que envolvem fé, imaginação e chutologia, tendo por base a acurada análise de toda e qualquer migalha de informação que possa vir à mão, tais como relatos de parentes, registros de qualquer tipo, notícias de jornais, atas de reuniões e até mesmo convites de casamento…

E é esse o ponto!

No meio da papelada das famílias que estudo ainda tenho diversos convites de casamento guardados como referência de datas e parentescos. E me surpreendi ao constatar que em alguns casos já se passaram mais de dez anos!!! Vejam só:

Sheila & Rodrigo

Clique na imagem para ampliar!

Clique na imagem para ampliar!

Milena & Carlos

Clique na imagem para ampliar!

E como não podia deixar de ser, xereta que sou, fui atrás também daqueles do meu próprio casamento. De ambos…

Adauto & Mieko
(Não encontrei um impresso, mas esta foi a “arte” que lhe deu origem.)

Clique na imagem para ampliar!

Adauto & Evanilda
(Também era de dobrar, mas essa parte de cima na realidade era a parte externa do convite.)

Clique na imagem para ampliar!

Pois é… O tempo voa, não é mesmo? Sei que tenho por aqui em algum lugar uma raridade ainda maior: o convite de casamento de meus pais! Assim que achar também compartilharei cá neste nosso cantinho virtual…

O Bicarato que não era Bicarato

Quebra-cabeças.

Definitivamente, eu gosto desse tipo de desafio.

E, pior, aventureiro genealogista que sou, os quebra-cabeças que me atraem são aqueles que dizem respeito ao misterioso passado das famílias. De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos? Qual o porquê desse desgraçado calor insuportável?

Enfim, como já costuma dizer a amiga virtual Regina Cascão, sempre estou na busca dos “meus mortinhos”…

Mas minha curiosidade extrapola minha família! Basta eu ouvir um nome diferente e já fico pensando de onde é que veio, qual sua história, como se formou.

E com o amigo e copoanheiro Bicarato não foi diferente. Paulo Henrique de Almeida Bicarato. Sim, um nome de família com todo jeitão de ser italiano, mas de onde? Ninguém nunca descobriu. E resolvi assumir esse desafio já tem um bom tempo – mas as correrias do dia a dia sempre foram deixando essa pesquisa para trás. Até agora.

Tudo (re)começou quando o Bica me encaminhou a transcrição da certidão de nascimento de seu avô, Bento, nascido em 09/10/1913. Filho de Giovanni Bicarato e Colomba Muscini. A notícia é que esse Giovanni quem teria vindo da Itália para trabalhar no Brasil.

Mas o raio é que esse nome, “Bicarato”, teimava em se esconder em todas as pesquisas que fiz, pois jamais encontrei qualquer referência genealógica fora do contexto da própria família no Brasil. Daí resolvi ir atrás das ilações sobre a grafia errada do nome – coisa muito comum na virada do século, quando a grande maioria dos imigrantes aportou neste nosso país. Poderia ser Bicaratto, Biccarato, Bigarato, ou qualquer outra coisa do tipo. Mas a luz no fim do túnel começou a surgir quando, das pesquisas detetivescas de meu amigo, cogitou-se a possibilidade de, de repente, ter existido alguém cujo nome seria B. Carato e daí, da corruptela da escrita e da pronúncia, ter surgido o atual Bicarato. Idéia interessante a ser explorada, até porque existem vários núcleos de famílias Carato na Itália.

Resolvi tentar essa hipótese através de uma busca no acervo digital do Museu da Imigração. Lancei o nome Carato, apertei a tecla Enter e cruzei os dedos. De cara surgiram 37 ocorrências espalhadas por várias páginas e justamente num dia em que a conexão estava péssima! Paciência. A busca retornou a parte final do nome de várias famílias, além de Carato, tais como Boscarato, Macarato, Zacarato e por aí afora.

Fui pacientemente avançando, página por página, já sem esperanças mas ainda munido da minha habitual teimosia. Espera, carrega página, consulta nome a nome, nada; espera mais um pouco, carrega nova página, consulta, nada… E assim foi indo. Quando cheguei na última página, passando pelos nomes, justamente no penúltimo registro, lá estava ele: Giovanni! Seria ele mesmo? Fui conferir a cidade de destino: conferia. Fui conferir se, nos membros da família que vieram com ele, estaria o nome de sua mulher: também conferia! Só podia ser ele!

Mas o mais curioso e a revelação do dia foi outra: Ele não era um Bicarato, mas sim um RICARATO!

Clique na imagem para ampliar!

Como esse negócio de escrita antiga é complicado, ainda fiquei com uma pulguinha atrás da orelha com a grafia utilizada. Aquilo seria mesmo um “R”? Poderia, na prática, se tratar de muitas outras letras… Mas a essa altura do campeonato, feliz com minha “descoberta”, mais que prontamente comuniquei a alvissareira notícia ao amigo e copoanheiro! Juntos, explorando um pouco mais, ele percebeu o nome do navio em que viajou seu antepassado: “Re Umberto”. Lembrei-me que poderia constar seu nome na lista de passageiros e lá fomos explorar. Sucesso!

Clique na imagem para ampliar!

Apesar de ter sido ticado bem em cima da primeira letra, vendo a letra de baixo, nitidamente um “B”, não tem como confundir. Aquilo é um “R”!

Enfim, mais algumas peças foram encontradas nesse quebra-cabeças familiar que é o nome Bicarato. Dali teremos condições de explorar novas alternativas, audaciosamente indo onde nenhum Bicarato jamais esteve! Os becos sem saída continuam, pois o nome Ricarato, na Itália, parece ser tão misterioso quanto sua versão brasileira.

Mas tempo ao tempo, paciência e perseverança. Tenho certeza que ainda vou encontrar mais alguma coisa por aí afora.

Agora, a pergunta que não quer calar: devo notificar todos os atuais membros da família Bicarato para que providenciem a alteração de seus nomes para a correta forma Ricarato?…
 
 

Árvore de Costados

Ultimamente me dediquei a uma revisão de tudo aquilo que já escrevi. TUDO. Todos os quase dois mil posts pendurados neste blog pelos últimos anos. Vamos ver se disso ainda consigo fazer sair meu tão sonhado livro… Mas enquanto isso não ocorre, vamos falar de uma de minhas eternas paixões: genealogia.

Revendo alguns posts de 2005, lá nos comentários, percebi que há anos estavam pendentes algumas respostas. Ou pelo menos promessas de tentativas de respostas. A questão diz respeito a uma ilustre senhora chamada Maria Venância de Andrade, que foi irmã de Antônio Teodoro de Santana e de Joaquim Theodoro de Andrade (sendo estes dois meus antepassados diretos) – e, por sua vez, todos os três são filhos de Francisco Theodoro Teixeira e de Maria Emerenciana de Andrade.

Pois bem.

Essa Maria Venância casou-se com Diogo Joaquim Alves e, dentre outros filhos, tiveram Avelina Joaquina de Andrade. A pergunta feita pelo Euler lá em 2008 era a respeito dessa Avelina, pois teria sido casada com um certo Felisbino Rodrigues Teixeira (filho de Matheus Teixeira da Silva e neto de Antonio Teixeira da Silva). O primo Ademir também tinha dúvidas no mesmo sentido. A prima Maria Esther, autora do livro Carrancas – Laços e entrelaços familiares, também se colocou à disposição. E, ainda, o Homero, a Simone e a Célia, outros primos, demonstraram-se curiosos sobre o desfecho.

E, sim, em genealogia toooooodos somos primos…

Infelizmente não tenho muitas informações dessa linha de descendência – a da Avelina. Mas tenho muitas informações sobre a linha de ascendência e um bocado sobre os colaterais! Apesar de muito disso tudo estar contido em livros de minha modesta biblioteca, bem como em correspondências que troquei com outros genealogistas, depois de ver e rever minhas anotações baseadas em dados de terceiros, resolvi recriar toda essa linha através de “documentos primários”. Ou seja: ainda que alguém já tenham estudado e montado a árvore genealógica dessa linhagem, estou refazendo-a com as informações que consigo extrair diretamente de inventários, certidões de casamento, batistérios, etc. Então, caso ainda queiram, até podemos trocar umas figurinhas para completar nossos quadros genealógicos!

Mas, para os demais curiosos de plantão, antes de entrarmos propriamente no assunto, primeiramente vamos a uma pequena aula de cultura inútil sobre o que é uma “Árvore de Costados”.

Em genealogia existem, basicamente, dois tipos de árvores genealógicas, conforme ensina Werner Mabilde Dullius, em seu texto Comentários aos Sistemas de Numeração em Genealogia: a árvore de ascendentes e árvore de descendentes.

A árvore de ascendentes, também conhecida como árvore de costados, ou ainda como árvore genealógica inversa, é a árvore formada pelos antepassados de um indivíduo, partindo da atualidade e retroagindo no tempo, montando toda a linha de antepassados de um único indivíduo. Sua estrutura é geométrica e racional, pois para cada geração que subimos, dobra-se o número de antepassados: dois pais, quatro avós, oito bisavós, e assim por diante.

Já a árvore de descendentes, também conhecida como árvore de geração, ou ainda como árvore genealógica direta, é a árvore formada pelos descendentes de um indivíduo. Partindo do passado ela avança no tempo, multiplicando-se, geração após geração, e facilitando a visualização do antepassado comum de vários indivíduos na atualidade. Sua estrutura é orgânica e aleatória, pois não há como racionalizar o número de filhos de cada indivíduo.

Tradicionalmente existem duas maneiras de se representar os trabalhos genealógicos: graficamente, através de genogramas (diagramas genealógicos), e analiticamente, através da descrição detalhada de cada um dos indivíduos. Enquanto que naquele temos um trabalho quase que artístico, neste, para correta identificação de cada um dos componentes, é necessário lhes atribuir endereços ou códigos que permitam identificar corretamente sua posição dentro da estrutura familiar. Parece complicado, não? Mas até que não é.

Para atribuir esses endereços ou códigos de identificação, atualmente existem diversos sistemas de numeração, cada qual com suas vantagens e desvantagens. Para uma árvore de descendentes, por exemplo, existem os seguintes sistemas: de Registro, de Registro Modificado, Henry, Henry Modificado – Versão I, Henry Modificado – Versão II, D’Aboville I, Meurgey de Tupigny, Villiers/Pama, Felizardo/Carvalho/Xavier, Hunsche, Dullius/Stemmer. Sim, seus “inventores” modestamente lhe atribuíram o próprio nome… Só que a descrição de cada um desses sistemas foge ao escopo deste trabalho, pelo que recomendo a leitura de algum dos inúmeros sites especializados em genealogia que podem ser encontrados na Internet, nos quais poderão encontrar a explicação didática de cada um dos sistemas.

Para uma árvore de ascendentes, o sistema usualmente utilizado é a notação de Sosa-Stradonitz, equivocadamente conhecido como numeração de ahnentafel. Esse sistema foi utilizado em 1676 pelo sábio franciscano espanhol Jerónymo de Sosa (?-1711), tendo sido retomado mais tarde, em 1898, pelo genealogista e heraldista alemão Stephan Kekule von Stradonitz (1863-1933). A razão do equívoco quanto ao seu nome tem origem no fato de que a difusão desse sistema se deu com a publicação da obra deste último: o Ahnentafel Atlas, que acabou sendo adotado para descrevê-lo.

Na prática, funciona da seguinte maneira: dá-se ao indivíduo base o número 1 e ao pai deste o dobro de seu número, ou seja, 2 enquanto à sua mãe é atribuído o dobro mais um, ou seja, 3. Daí, a estes, repete-se o processo (os pais do homem 2 serão 4 e 5, enquanto que os pais da mulher 3 serão 6 e 7), e assim sucessivamente, retroagindo no tempo. Isso nos fornece um tipo de árvore infinita e contínua, onde todos os homens possuem número par e todas as mulheres ímpar, permitindo indefinidos acréscimos sem perturbação de sua rigorosa estrutura.

E esse é o sistema utilizado a seguir para que se possa visualizar a árvore de antepassados diretos relativos à minha linhagem, partindo de meus filhotes. Algumas sequências numéricas foram saltadas, ou melhor, interrompidas, simplesmente porque não tive (ainda) documentos para basear minhas pesquisas – mas em sua maioria são nomes e famílias tradicionais e conhecidas em outras obras genealógicas com as quais podem ser ligados.

Aliás, só pra adiantar: o “nó” se dá quando alguém casa com um parente e os pais de um e de outro começam a aparecer alternadamente nas gerações seguintes…

Primeira Geração
1. Kevin / Erik / Jean

Segunda Geração
2. Adauto de Andrade
3. Eliana Mieko Miura

Terceira Geração
4. José Bento de Andrade
5. Bernardete Nunes
6. Sussume Miura
7. Satiko Mizoguti

Quarta Geração
8. Antonio de Andrade
9. Sebastianna dos Santos
10. Bernardo Claudino Nunes
11. Maria Dionísia de Jesus
12. Hajime Miura
13. Hiro Miura
14. Narakiti Mizoguti
15. Tei Nadai

Quinta Geração
16. João Agnello de Andrade
17. Iria Rita de Bem
18. Alcindo de Paula Maia
19. Laura de Casaes Santos
20. Claudino de Moraes Nunes
21. Benedita Maria de Mello
22. Antonio Antunes Junior
23. Dyonísia Maria de Jesus
24. Kinemon Miura
25. Tsuru Miura
26. Kumaki Hamakiti
27. Massu Hamakiti
28. Massakiti
29. Rie

Sexta Geração
32. Joaquim Theodoro de Andrade
33. Maria da Glória Teixeira Guimarães – sobrinha de seu marido, Joaquim Theodoro de Andrade (32)
34. Braz Carneiro de Bem
35. Luiza Gonzaga de Novaes
36. Fausto de Magalhães Maia
37. Josephina Augusta de Paula
38. Antonio Carlos da Silva Santos
39. Olívia Augusta de Casaes
40. José Rodrigues de Moraes Nunes
41. Rufina Maria Sinhorinha
42. João Alves de Faria
43. ?
44. Antonio Antunes
45. Francisca de Paula Romana
48. Kinjirou Miura
49. Fushino Miura

Sétima Geração
64. Francisco Theodoro Teixeira
65. Maria Emerenciana de Andrade
66. Antônio Teodoro de Santana – irmão de Joaquim Theodoro de Andrade (32)
67. Margarida Teixeira Guimarães

Oitava Geração
128. Manuel Ribeiro Salgado
129. Margarida Teixeira de São José
130. Manuel Joaquim de Santana
131. Venância Constância de Andrade
132. Francisco Theodoro Teixeira #64
133. Maria Emerenciana de Andrade #65
134. Francisco de Paula Guimarães
135. Maria Venância Teixeira – irmã de Francisco Theodoro Teixeira (64)

Nona Geração
256. Bento Ribeiro Salgado
257. Ângela Ferreira Soares
260. José Garcia
261. Maria de Nazaré
262. Manoel Joaquim de Andrade
263. Lauriana de Souza Monteira
264. Manuel Ribeiro Salgado #128
265. Margarida Teixeira de São José #129
266. Manuel Joaquim de Santana #130
267. Venância Constância de Andrade #131
268. Pedro Custódio Guimarães
269. Theresa Maria de Jesus
270. Manuel Ribeiro Salgado #128
271. Margarida Teixeira de São José #129

Décima Geração
520. Diogo Garcia
521. Julia Maria da Caridade – uma das famosas Três Ilhoas…
522. José Rodrigues Goulart
523. Isabel Pedrosa
524. Antonio de Brito Peixoto
525. Maria de Moraes Ribeira
526. André Martins Ferreira
527. Maria de Souza Monteira
532. José Garcia #260
533. Maria de Nazaré #261
534. Manoel Joaquim de Andrade #262
535. Lauriana de Souza Monteira #263
536. Domingos da Costa Guimarães
537. Rita de Souza do Nascimento
538. Manoel Pereira do Amaral
539. Ana Maria do Nascimento

Décima Primeira Geração
1040. Matheus Luiz
1041. Ana Garcia
1048. Inácio de Andrade Peixoto – o mais antigo “Andrade” que encontrei em terras brasileiras, lá para o final do século XVII
1049. Clara de Brito
1050. André do Valle Ribeiro
1051. Tereza de Morais
1052. Manoel Martins
1053. Josefa Ferreira
1054. Domingos Monteiro Lopes
1055. Mariana de Souza Monteiro
1064. Diogo Garcia #520
1065. Julia Maria da Caridade #521
1066. José Rodrigues Goulart #522
1067. Isabel Pedrosa #523
1068. Antonio de Brito Peixoto #524
1069. Maria de Moraes Ribeira #525
1070. André Martins Ferreira #526
1071. Maria de Souza Monteira #527
1072. Cristóvão da Costa
1073. Felícia Guimarães
1074. José da Costa Fialho
1075. Maria de Souza Delgada
1076. Gonçalo Pereira
1077. Antonia do Amaral
1078. Diogo Garcia #520
1079. Julia Maria da Caridade #521

Décima Segunda Geração
2102. ?
2103. Francisca de Macedo e Moraes
2128. Matheus Luiz #1040
2129. Ana Garcia #1041
2138. André do Valle Ribeiro #1050
2139. Tereza de Morais #1051
2140. Manoel Martins #1052
2141. Josefa Ferreira #1053
2142. Domingos Monteiro Lopes #1054
2143. Mariana de Souza Monteiro #1055
2156. Matheus Luiz #1040
2157. Ana Garcia #1041

Meu Bisavô

E eis que, graças às Redes Sociais da vida, fui encontrado pelo “primo” Mauro Maia que reconheceu seu próprio avô em um post antigo aqui do blog – na prática o meu bisavô – o ilustríssimo Alcindo de Paula Maia.

Dentre outras informações que temos trocado para atualizar a árvore genealógica de nossa família (calma, Mauro, ainda vou te mandar minhas anotações), ele me brindou com uma nova (nova?) foto de nosso antepassado em comum! Aliás, se a menina da esquerda aí embaixo realmente for a Dona Sebastiana, minha avó, que nasceu em 1920, dá pra gente chutar que essa foto tenha sido tirada em meados da década de vinte!

Observação: ainda vamos trocar mais figurinhas, mas parece-me que, na realidade, ele se chamava mesmo é Alcino

Na terça, uma foto

Este é meu avô pelo lado materno, Bernardo Claudino Nunes (*24/03/1907 | +31/01/1979). De seu casamento com Maria Dionísia de Jesus (em 31/10/1931), teve apenas duas filhas: minha tia Dionísia Nunes, nascida em 1939 (a que está em pé a seu lado), e minha mãe, Bernardete Nunes, nascida em 1943 (a que está em seu colo). Infelizmente minha avó faleceu em 1945, com apenas 33 anos, deixando ao encargo de meu avô a criação daquelas crianças.

Com o passar do tempo acabou casando-se por mais duas vezes. Seu segundo relacionamento, com uma senhora chamada Benedita, não durou muito. Mas seu terceiro casamento, com Geny de Souza Nunes, durou até o cumprimento da promessa feita no altar, quando, então, foram separados. Desta feita teve mais nove filhos, entre 1956 e 1969 – aliás, curiosamente, por coisa de pouco mais de um mês eu sou mais velho que minha tia mais nova…

Árvore Genealógica da Família Andrade – I

Bem, até agora vínhamos fazendo uma “catança” com toda essa coleção de inventários, testamentos, batizados, etc, etc, etc.

E – convenhamos – para que isso tudo?

Ora, são todas as informações que serviram para dar subsídio à construção da árvore genealógica da família.

Ainda que haja muita coisa para ser inserida, já se tornou possível construir toda a relação de parentescos desde meu avô, Antonio de Andrade (*1909 +1970), até seu antepassado direto mais antigo (por enquanto) Antonio de Brito Peixoto (+1750) – oito gerações acima!

Para os interessados seguem os arquivos referentes ao que já foi colocado nesta página até agora, 05/12/2009 (mas saibam que ainda existem muitos outros documentos, inventários e testamentos para analisar e ajudar a completar o quadro):

andrade_01.pdf – para visualizar estas informações será necessário um programa que leia arquivos PDF;

genopro.zip – é o arquivo compactado contendo o programa (para instalação) GenoPro, o qual permitiu a construção do genograma da família no formato visto no arquivo PDF;

andrade_01.gno – é o genograma com todos os dados obtidos que permitiram a construção da árvore genealógica até o momento, o qual só é possível de abrir com a instalação do programa GenoPro;

andrade_01.txt – é um arquivo de texto contendo a relação, até o momento, das fontes de dados utilizadas para construção do genograma (todas elas disponibilizadas aqui neste site).

Por enquanto é isso. O trabalho não acabou – muito pelo contrário – mas preciso me organizar um pouco melhor com minhas anotações por aqui.

Divirtam-se!

Um pouquinho de Teixeiras

E não é que nesse mundo insólito, onde os mais improváveis encontros acontecem, hoje não houve mais um?

Pois estava eu em meu trabalho, pouco depois do horário de almoço, quando um senhor bem apessoado se apresentou à porta de minha sala.

– Pois não? – disse-lhe a secretária.

– Eu gostaria de falar com o senhor Adauto de Andrade.

– E seria sobre o quê?

– Diga-lhe que um consanguíneo dele está aqui.

Eu, que já estava lá no meu canto com a orelha em pé, de imediato saltei da cadeira!

E assim tive a grata supresa de conhecer o senhor Girley Teixeira, afilhado da Esther, cujo antepassado em comum remonta ao meu tetravô, Francisco Theodoro Teixeira, e com o qual passei os momentos seguintes trocando um proseio pra lá de interessante.

Com seus impressionantes olhos azuis (que lembram bastante os de meu avô materno) foi desfiando causos e pessoas da época de antanho, com os quais eu concordava e acrescentava ainda mais detalhes.

Ou seja, duas pessoas que nunca se viram, tratando de outros parentes em comum que viveram a séculos (literalmente) e tudo dentro da mais perfeita normalidade…

Enfim, uma ótima (ainda que curta) experiência!

Trocamos endereços e telefones e – com certeza – não demora muito e ainda devo lhe fazer uma visita para um cafezinho de fim de tarde…

A versão faz o fato

Esse “causo” eu copiei na íntegra lá de uma das listas de discussão sobre genealogia da qual participo – a Gen-Minas. Foi contado pela amiga virtual Silvia Buttros. Leiam até o fim e deleitem-se.

Judy Wallman é uma pesquisadora de genealogia e histórico de famílias no sul da Califórnia. Recentemente ela resolveu conduzir uma pesquisa em sua própria árvore genealógica e descobriu o seu tio-bisavô, Remus Reid era o ancestral comum entre ela e o atual Senador pelo Estado de Nevada, Harry Reid. Ela e o Senador Reid tinham em Remus um ancestral comum.

Ela descobriu também que seu tio-bisavô Remus Reid havia morrido enforcado, condenado por roubo de cavalos e roubo de trem no Estado de Montana, em 1889.

A única fotografia disponível de Remus Reid mostra seu enforcamento, no Território de Montana, em 1889.

No verso da fotografia de Remus Reid obtida por Judy durante sua pesquisa, estava a seguinte anotação: “Remus Reid, ladrão de cavalos, encarcerado na Prisão do Território de Montana em 1885, fugiu em 1887, roubou o trem Montana Flyer por seis vezes. Foi preso pelos detetives da Agência Pinkerton, foi condenado e enforcado em 1889.”

Judy então enviou um e-mail ao Senador Harry Reid solicitando informações sobre seu ancestral comum, Remus Reid, sem mencionar o que já sabia.

Os assessores de Harry Reid enviaram-lhe o seguinte resumo bibliográfico sobre Remus, para ser inserido em sua pesquisa genealógica:

“Remus Reid foi um famoso vaqueiro e cowboy no Território de Montana. Seu império comercial cresceu a ponto de incluir a aquisição de valiosos exemplares de cavalos de raça, bem como um íntimo e profícuo relacionamento com a Ferrovia de Montana. A partir de 1883 ele dedicou vários anos de sua vida ao serviço do governo estadual. Após isso ele licenciou-se para reiniciar seu relacionamento com a Ferrovia. Em 1887 ele foi o elemento fundamental em uma importante investigação conduzida pela famosa Agência de Detetives Pinkerton. Em 1889 ele veio a falecer durante uma importante cerimônia cívica realizada em sua homenagem, quando a plataforma sobre a qual ele estava cedeu logo após seu discurso.”

Isso é política.

Isso é saber apresentar os fatos sem mentir (muito).

Famílias ( II ) – Antonio de Andrade

Antonio e Sebastianna

No último episódio (heh… bonito isso…) havíamos parado em meus avós paternos. Essa foto aí de cima foi uma montagem inspirada num desenho que minha tia Pedrina mandou fazer e executada graças às habilidades de minha amiga Fernanda. Mesmo estando juntos na foto, mais de trinta anos os separam, pois a foto original dela é muito mais recente que a dele. Mas vamos continuar mais ou menos do mesmo ponto da narrativa anterior.

Como já havia dito, ANTONIO DE ANDRADE, meu avô, nasceu em Santa Rita de Jacutinga em 06/03/1909, mesmo local onde, por volta de 1936, casou-se com SEBASTIANNA, a qual nasceu em 13/04/1920 e faleceu em São José dos Campos, SP, aos 80 anos, em 10/10/2000.

Ainda que se tratasse de homem forte, acostumado com a vida do campo, Antonio faleceu cedo, com apenas 61 anos de idade, em 30/09/1970. Era eleitor em Igaratá, SP, e lavrador, quando no campo. Não o conheci, pois contava apenas com um ano e pouco na época de sua passagem.

Apesar de Antonio e sua mulher Sebastianna terem nascido em Santa Rita de Jacutinga, após o casamento mudaram-se para a cidade de Ipiabas, próximo ao (ou no) Rio de Janeiro. Foram para lá em busca de trabalho. Após algum ele tempo montou um salão de barbeiro próximo à estação de trem, o que lhe garantia o sustento, bem como o dinheiro para umas “pinguinhas” de vez em quando (ou seja, tá no sangue…).

Tudo indica que, mesmo em Ipiabas, Antonio já tinha o firme propósito de mudar-se com a família para São José dos Campos, SP, para onde seu irmão já havia se transferido anteriormente. Mas, antes disso, juntamente com a prole, voltou para Santa Rita de Jacutinga, onde permaneceu por mais três anos antes da mudança definitiva para o Estado de São Paulo.

Vieram para São José dos Campos de trem, no final da década de 40, após o irmão de Antonio já ter vindo e se certificado de que haveria trabalho para ele. Ao chegar dedicaram-se à cultura da terra: feijão, milho, arroz – sendo que este, ao contrário do que costumamos ver hoje em dia, era plantado nas encostas dos morros, por meio de sementes. Já em território joseense moraram em diversos locais, sempre plantando e criando um “gadinho” – do Sá Flor para as terras de João Vítor, depois para as de Júlio Cândido, Benedito Prianti, e por fim de Ditinho Cerqueira.

Mas nem só da terra viviam. Antonio empregou-se na fazenda de Jorge Tinoco, marido de D. Elza, onde fazia serviços diversos, principalmente de marcenaria. Esse Jorge Tinoco ainda era vivo até pouco antes do ano 2000. A respeito de sua habilidade como marceneiro, esta foi utilizada até mesmo quando do falecimento da avó de sua esposa (provavelmente a Dona Josephina, cuja história será vista com detalhes no capítulo acerca da família Maia). Era uma velhinha que morava com a família, mas já sem a plenitude de suas faculdades mentais. Tanto o é, que quando lhe dava na telha fazia suas necessidades onde quer que fosse, sem preocupar-se com a intimidade. Ia para o terreiro, abaixava-se, quando muito, e ali mesmo fazia suas necessidades. Pois bem, quando esta faleceu – em casa mesmo, pois naquela época e local não haviam hospitais ou similares, no máximo havia o farmacêutico, o qual fazia o papel de médico e tudo o mais – foi Antonio, com suas habilidades de marceneiro, quem fez o caixão para seu enterro.

Mas, apesar da vida sofrida, eram animados. Para se ter uma idéia, de certa feita, num baile de arrasta-pé na casa de um amigo, os convidados chegaram a conclusão de que a sala estava muito pequena para dançar. Como a casa era feita de pau-a-pique decidiram simplesmente derrubar a parede! Toca a empurrar daqui, bater dali, até que alguém surgiu com um machado. Assim, às machadadas, a parede foi dando lugar a um verdadeiro salão para dança. Mas a que custo! Numa dessas machadadas voou uma lasca de bambu que foi para exatamente num dos olhos de Antonio. Apesar do acidente, o baile simplesmente continuou. Já seu Antonio nunca mais voltou a enxergar direito daquele olho…

Antonio e Sebastianna tiveram, ao todo, doze filhos, sendo alguns nascidos em Santa Rita de Jacutinga, MG, outros em Ipiabas, RJ, e os demais em São José dos Campos, SP:

8.1. JOSÉ BENTO DE ANDRADE, o filho mais velho, vulgo meu pai, nascido em Santa Rita de Jacutinga em 27/04/1937, que casou-se em 23/04/1960, em São José dos Campos, SP, com BERNARDETE NUNES, paulistana (por acidente, mais tarde eu explico), nascida em 10/09/1943.

8.2. FÉ ANDRADE, nasceu em 09/01/1938 e faleceu cedo. Casou-se com IVAN PRIANTI, e moravam em Igaratá, SP.

8.3. ROBERTO DE ANDRADE, nascido em 10/10/1940. Conhecido por todos como “Alemão”, e sempre com sua barba característica (a qual tirou umas poucas vezes na vida), um solteiro por convicção, e um ébrio por opção. Único dos filhos que, no decorrer de toda sua vida, não perdeu contato com a lida na “roça”. Foi ele quem manteve, enquanto foi possível, o sítio que a família possuía lá pros lados do Bom Sucesso, em São José dos Campos, SP.

8.4. ESPERANÇA DOS SANTOS ANDRADE, nascida em 27/09/1942, em Ipiabas, RJ. Casou-se com o divertido e gozador OLAVO ALVES DE SOUZA, natural de Passa Vinte, MG, tendo nascido em 04/04/1940. Filho de Emerenciano Antonio de Souza e Mariana Alves Aquino de Souza, neto (pelo pai) de Joaquim Saturnino de Souza, e, pela mãe, neto de Álvaro Marcelino de Aquino e Ana.

Quando Esperança tinha seus 18 anos, decidiu fugir de casa com Olavo para se casarem. Ela jamais se arrependeu disso, exceto pelo fato que seus pais ficaram sentidos por um bom tempo. Mas tudo passa e não demorou muito para toda a família voltar às boas.

8.5. CARIDADE DE ANDRADE, que completou a trilogia das irmãs “Fé, Esperança e Caridade”, nasceu em 09/04/1945 em Ipiabas, RJ, e, com cerca de 20 anos, casou-se com ARI RAMOS ARANTES, natural de Igaratá, filho de José de Souza Ramos e Joaquina Laudelina Arantes, tendo nascido em 25/10/1938 e falecido com apenas 44 anos, num acidente em 01/07/1983. De minhas lembranças da infância, essa era uma das tias com quem sempre mantínhamos contato, sendo que volta e meia estávamos nós na cidade vizinha de Jacareí, onde eu e minhas primas nos divertíamos nas correrias e estripulias próprias de nossa idade.

8.6. LUIZA, que nasceu após a Caridade, viveu apenas alguns poucos meses, tendo falecido de “tosse comprida” (o nome popular para a doença conhecida como coqueluche).

8.7. FELISBERTO DE ANDRADE, o “Tio Dinho”, nasceu em 14/07/1949, tendo se casado em 1969 com MARIA APARECIDA. A exemplo de sua irmã, Esperança, também fugiu para casar, pois Pedro Firmino, pai da moçoila, estava se mudando e Felisberto receou que não voltaria a ver sua então namorada Maria. Como ele emprestou o cavalo de seu cunhado, Olavo, para levar a cabo seu intento, Antonio, meu avô, teve certeza de que havia o “dedo” dele nessa história – motivo pelo qual deixou de falar com Olavo depois disso. Parece que era bravo esse seu Antonio…

8.8. JORGE ANDRADE nasceu em 10/12/1952 e casou-se com ELZA MARIA DAS GRAÇAS, nascida em 06/02/1952. Dos tempos difíceis do início de seu casamento, na década de 70, quando inclusive chegou a trabalhar com meu pai nas oficinas da Transportadora Rennó, passou a uma situação bastante confortável, quando começou a investir no comércio, especificamente no ramo de padarias. Também foi um dos proprietários do Barcelona, uma casa noturna (danceteria) de São José dos Campos. Bon vivant até o fim, faleceu na madrugada de 01/01/2007.

8.9. GERALDO DE ANDRADE, nascido em 26/02/1957, vulgo “Gêra”. Portador de um retardo em grau leve, o que não o atrapalhou em absoluto na convivência em sociedade, mas que lhe determinou uma vida de solteiro. Sistemático e cuidadoso tem uma coleção de CDs e LPs de fazer inveja a muita gente…

8.10. MARIA MADALENA DE ANDRADE, nascida em 27/03/1959, casou-se em 14/09/1979 com JOSUÉ RAIMUNDO PEREIRA, nascido em 25/03/1946. Atualmente vivem em Ubatuba, sendo proprietários de uma padaria, próxima à praia. Sua casa é um verdadeiro refúgio de todos os parentes que resolvem ir até o litoral, sendo como coração de mãe: sempre cabe mais um.

8.11. PEDRINA DE FÁTIMA ANDRADE, nascida em 29/06/1961, casou-se em 12/05/1984 com ÂNGELO MENDES FERREIRA, de 18/07/1947. A “Pêdra”, como também é chamada, ajuda seu marido no bar, bem como na própria casa, onde possuem algumas “criações”, pomar e até mesmo um pesqueiro.

Dia desses andava meio estressada com tanta correria e pela bagunça que seus filhos estavam fazendo. A Laura, que estava com ela na ocasião, e resumindo bem a responsabilidade que é ser uma mulher casada, trabalhadora, com filhos pra criar e casa pra cuidar, saiu-se com essa: “Pêdra, você lembra quando a gente era pequena, levantava às cinco da manhã, para encher o cocho das vacas, atravessava a represa pra cortar lenha e voltava com o barco abarrotado, faltando apenas uns dois dedos da borda pra entrar água e ainda sem saber nadar?”

“Lembro”, respondeu Pedrina. “Por quê?”

“A gente era feliz e não sabia…”

8.12. MARIA LAURA DE ANDRADE é minha tia caçula, mais nova, inclusive, que meu irmão mais velho. Nasceu em 15/11/1962, e em 17/10/1981 casou-se com LUCÍLIO JOSÉ DOS SANTOS, de 19/02/1953. Separaram-se alguns anos depois.

Quando pequena, com cerca de dois anos, quem cuidava da pequerrucha normalmente era a Esperança ou a Caridade, das quais morria de ciúme. Tanto o é, que quando o tio Ari, ainda rapazola, começou a namorar a tia Caridade, ela ficava escondida pelos cantos e, de quando em quando enfiava sua cabecinha loira pela porta e dizia um sonoro “fiaputa!”, pondo-se a correr, para logo em seguida voltar e repetir a dose…

Sua recordação mais antiga não é uma das mais agradáveis: lembra-se de quando tinha cerca de quatro anos e seu irmão Jorge a colocou na cangalha de um burro, próximo do gado que estavam tocando. Pois não é que o burro disparou com a Laura em cima, encaixada na cangalha e bem no meio da vacaria! E quem disse que alguém conseguia segurar o animal? A muito custo pegaram o bicho, dando graças a Deus por ela não ter caído e sido pisoteada pelo gado.