Iron Man

Apesar do que eu já havia dito por aqui, hoje vamos falar sobre o filme.

Fui assistir hoje o filme Iron Man. Sessão das 14h50min. Após longas negociações com a Dona Patroa – envolvendo, inclusive, um piquenique no próximo final de semana (alguém tem que ceder) – todos nós fomos ao cinema.

Preciso dizer que a criançada adorou? Preciso dizer que EU adorei?

Da mesma maneira como eu já havia comentado antes que Tobey Maguire foi a encarnação perfeita do Homem-Aranha, assim como Hugh Jackman a do Wolverine, creio que o personagem de Tony Stark caiu como uma luva para o ator Robert Downey Jr.

Quanto ao filme em si, tá tudo lá: humor, ação, efeitos especiais, tudo bem alinhavado com uma estória bem contada. Cada ingrediente na medida certa. Passo a passo – mas num curto espaço de tempo – dá para qualquer leigo entender exatamente quem e como era Tony Stark e o que o levou a criar a armadura do Homem de Ferro. A interpretação de Robert Downey Jr. consegue dar a exata medida do caráter do personagem: um gênio cínico e ferino quando tem que ser, mulherengo e exibido por conta de seu ego, mas concentrado e com uma alegria quase infantil quando no processo de criação de alguma coisa.

Os efeitos especiais são de primeira linha, sendo que a perseguição pelos caças é de tirar o fôlego. Alguns momentos dignos de nota: quando ele faz os primeiros testes da capacidade de vôo da armadura (e nem sempre dá certo); a assessoria de seu computador com inteligência artificial; a costumeira presença de Stan Lee numa das cenas do filme; e os deliciosos diálogos ferinos entre Tony Stark e sua assistente, Pepper Potts (Gwyneth Paltrow).

Como tela de fundo podemos perceber uma ácida crítica ao sistema armamentista dos próprios Estados Unidos, em especial no que diz respeito ao fornecimento de armas a todos os países do mundo – inclusive aqueles que eles mesmos se propõem a “combater”. Mas, apesar de ser praticamente o mote da estória, ainda assim isso acaba figurando meio que subliminarmente com relação a todo o resto do filme.

Por fim, duas referências importantíssimas da trilha sonora: a primeira é no momento em que filme começa, quando já vem a batida forte de Black in Black, do AC/DC; a segunda é no decorrer dos créditos finais, com a contagiante Iron Man, do Black Sabbath

Enfim, crianças de todas as idades, ASSISTAM!

Vale a pena.

Asterix e seus amigos

Tá certo que o álbum já foi lançado em meados do ano passado, mas somente ontem – e ainda sem querer – é que vim a conhecê-lo…

Na realidade, enquanto a Dona Patroa precisava labutar um pouco em casa, minha incumbência era distrair toda a Tropinha de Elite (meus três filhos: escapou, já foi e já era). Fomos parar na livraria Siciliano e lá estava eu a fuçar os livros de direito, os dois mais novos a brincar de Hot Wheels e o mais velho… Cadê o mais velho?

Estava afundado numa cadeira, totalmente absorto com alguma leitura.

– Achou alguma coisa interessante aí, filho?

– Achei sim, pai. Esse você já tem?

E me mostrou a capa.

Pronto.

Acho que nem precisava dizer, mas tenho TODA  a coleção do Asterix – cuja existência descobri através de um exemplar jogado no apartamento do meu irmão, na época em que ele morava no CRUSP – Conjunto Residencial da USP, já há uns vinte e cinco anos ou mais. Era “O Combate dos Chefes” e daquele momento em diante eu já estava irremediavelmente fisgado.

Essa edição especial traz estórias curtas no traço de trinta e quatro autores, todos homenageando os oitenta anos de Uderzo (Goscinny foi o que morreu). Há uma mistura de personagens, de épocas, de traços, de tudo. Certamente utilizaram o caldeirão do Panoramix para temperar tão primorosa obra.

Saborosíssima.

Para se ter uma idéia figuraram nas estórias desde Lucky Luke até o Pato Donald! Isso sem contar os artistas, que impregnaram seu estilo na pequena aldeia perdida na Armórica, como – só para citar meus preferidos – Franquin e Manara

Deu pra imaginar?…