LCD – dicas

Capital: bom pra se visitar – mas eu não moraria lá!

“Sonho de consumo” é uma coisa engraçada… De quando em quando eu tenho esses rompantes, um objeto de desejo específico. Foi assim com a minha câmera digital, por exemplo. Namorei, namorei, namorei, estudei, me aprofundei, esperei melhorar a tecnologia, baixar o preço, conseguir um bom parcelamento – e pronto! Cá estou eu feliz com minha maquininha.

Também foi o mesmo com o DVD. Num primeiro momento, por mais que a Dona Patroa não acredite, resolvi comprar um Playstation para os filhotes, aproveitando que daria para assistir os DVDs nele próprio. Mas, com o tempo, algumas limitações foram ficando evidentes, e já que caiu BEM o preço dos eletro-eletrônicos, acabei comprando um “toca-tudo” que resolveu todos os problemas que antes eu não tinha…

Com computadores já estou vacinado. Já fui um viciado em upgrade. Mal acabava de configurar o bichinho e lá estava eu paquerando aquela nova tecnologia que havia acabado de sair. Chegou um momento em que jurei pra mim mesmo que selaria a carcaça do meu gabinete com solda acetileno. Só pra não cair em tentação. Mas essa fase já passou.

Quase.

O que venho cobiçando nos últimos tempos é um monitor LCD (Liquid Crystal Display – Monitor de Cristal Líquido). Daqueles do tipo usado nos notebooks. Estou na fase de estudos, bem como esperando o preço cair mais um pouco, mas vejam só os detalhes interessantes para a escolha de um trem desses.

Pra começo de conversa faz bem pra vista. Em última análise um monitor convencional, do tipo CTR (em inglês não me lembro, mas a tradução é “Tubo de Raios Catódicos”), nada mais é que uma lâmpada. Grande, colorida, versátil, mas ainda assim uma lâmpada. Já experimentou ficar o dia inteiro olhando para uma lâmpada? Pois é. Num monitor LCD não existe esse problema, pois a construção da imagem se dá de forma diferenciada.

Existem pelo menos 4 características básicas a serem avaliadas na escolha de um monitor LCD:

1. Tempo de resposta. É medido em milissegundos. É o tempo que um pixel leva para ir do branco ao preto, o que serve para medir o desempenho de reprodução (construção) de imagens. Quanto menor o tempo, melhor o desempenho. Basta lembrar daquelas câmeras digitais em que você muda de posição e a imagem fica meio borrada, antes de estabilizar. São câmeras que possuem um tempo de resposta maior que o desejável. O atual estado da tecnologia oferece um mercado de monitores com tempo de resposta que varia de 8 a 12 milissegundos. Essa característica é importante, principalmente, para reprodução de filmes e jogos.

2. Ângulo de visão. Refere-se ao posicionamento frente ao monitor que permitirá a visualização da imagem. Existem determinados equipamentos que, quando você olha para o monitor meio de lado, a imagem simplesmente desaparece. Para um bom ângulo de visão deve ser considerado que, quanto mais se aproximar de 180°, menos restrições haverá para a visualização.

3. Conexão digital. A conexão digital (DVI) põe fim aos “ruídos” nas imagens, eis que não está sujeita à interferência de fontes de energia externas. Já viu alguém usando um daqueles celulares com rádio (Nextel) perto de um monitor tradicional? Impede, ainda, tons de cor que sobrepõe às imagens. Porém ainda existem monitores com conexão analógica (VGA) e digital no mesmo modelo. Preferíveis, segundo entendo, para que haja possibilidade de ligação do mesmo monitor em máquinas diferentes.

4. Chip de tratamento de imagem. É um sistema interno que ajusta características como brilho e contraste automaticamente, sem necessidade de intevenção do usuário. Particularmente, eu preferiria um modelo que possuísse as duas alternativas: o chip e o ajuste externo.

Por fim, em termos de energia, o monitor LCD traz uma excelente vantagem para o bolso, pois gasta apenas um terço do que gastaria um monitor tradicional, possuindo uma imagem estável, que cansa menos aos olhos e não emite radiação.

Ah! Detalhe importante: no mínimo de dezessete polegadas!

Só falta cair o preço…

Tirinha do dia:
Desventuras de Hugo...