Bomba, bomba, bomba…

E então resolvi tentar solucionar o problema do motor engasgado. Segundo meus parcos conhecimentos mecânicos, três poderiam ser os focos do problema: bomba de gasolina, carburador sujo ou motor fora do ponto. O fato de o carro funcionar um bocadinho mas não manter a aceleração denotaria a falta de gasolina ou a desregulagem da sequência de explosões do motor.

Bomba de CombustívelAssim, o primeiro passo foi verificar se a bomba de gasolina estaria realmente funcionando. Como não sou mecânico profissional, nem tenho recursos para testes, o jeito foi comprar uma nova. E lá foi o marmitão morrer com R$62,16 na boca do caixa… Aliás, aviso aos incautos: o nome correto da bichinha é “Bomba de Combustí­vel”, ok?

Troquei a bomba no horário de praxe (ou seja, à noite, após o fim do expediente e de já terminada a lida). Pequenos problemas envolvendo um parafuso para o qual a ferramenta correta seria uma chave de boca 13mm (que eu não tenho) foram facilmente solucionados com o jogo de chaves cachimbo (é esse mesmo o nome?). Ressalte-se que, depois de concluí­do o serviço e de a ferramenta ter me escapado das mãos por umas duas vezes, pude concluir que a chave correta seria a de 1/2 polegada…

Enfim, solta daqui, aperta dali, para a braçadeira da esquerda que prendia a mangueira de entrada do combustí­vel foi necessária uma chave Phillips, para a porca da direita que conectava o encanamento de saí­da do combustí­vel acho que deve ter sido uma chave de boca 14mm (santa chave inglesa, Batman!), não demorou muito e troquei a bomba de combustí­vel velha pela nova. Ah, bom lembrar que também foi necessário utilizar um pouco de Teflon (fita veda-rosca) para alguns pontos de conexão.

Tudo isso consumiu cerca de meia hora e uma boa dose de paciência, pois apesar de o motor ser bem grande e o espaço para se trabalhar com ele também, ainda assim a bomba de combustí­vel está posicionada num lugar bem chatinho, na parte inferior, à direita da carcaça. Mas nada comparável a um Fiat 147 que tive e que, na época, também precisei trocar a bomba de combustí­vel daquele @#$%¨&* de carrinho, a qual ficava num local totalmente inacessí­vel…

Bem, agora é só dar a partida e correr para o abraço, certo?

ERRADO.

Não funcionou.

Ainda.

Aliás, preciso tomar cuidado, pois a bateria começa a dar sinais de cansaço. Se ela arriar de vez vai ser uma complicação a mais.

Quadro de fusíveisBem, como próximo item da lista coloquei o motor fora do ponto. Particularmente não acho que o carburador esteja sujo. Mas antes mesmo de verificar isso – que envolve a complexa e inexata ciência de regulagem do platinado, vou experimentar dar uma renovada na caixa de fusí­veis do Opala (preciso arranjar um nome para ele…), bem como trocar o jogo de velas.

Nas minhas leituras internetí­sticas fiquei sabendo que da linha 78 para a linha 79 do Opala não houveram alterações substanciais (ao contrário do que ocorreu nessa linha a partir de 1980). Assim aquele Manual do Proprietário do ano de 1978 com certeza me será muito útil. Consultando-o temos que os fusíveis utilizados são de 5, 10, 15 e 25 amperes. Já disse que simplesmente adoro esses manuais antigos? São beeeeem mais completos que os atuais. Olha só a tabela que ele traz referente à caixa de fusíveis (da esquerda para a direita, visualmente falando):

1. 5 amperes – Farolete e lanterna (lado direito) – Lanterna da licença – iluminação do acendedor – Luz do compartimento do motor
2. 5 amperes – Farolete e lanterna (lado esquerdo) – iluminação do painel – porta-luvas
3. 25 amperes – Luz alta – Farol-de-milha – Farol-de-neblina
4. 25 amperes – Luz baixa – Tacômetro
5. 25 amperes – Lampejador – Relógio – Teto – Rádio – Mala – Sinal de advertência – cortesia
6. 25 amperes – Freio – Buzina
7. 15 amperes – Limpador – Luz da ré
8. 25 amperes – Acendedor – Ventilador – Condicionador de ar
9. 10 amperes – Indicador de direção – Instrumentos do painel

E, quanto às velas, a recomendação do manual é que seja uma do tipo “45 XLS”. Seja lá o que for isso, vou procurar…

Bão, disso tudo resta o consolo de que, pelo menos, agora o Opalão ganhou uma bomba de combustível nova. E ainda fiquei com uma usada – em bom estado – de reserva…

5 comentários em “Bomba, bomba, bomba…”

  1. olá camarada do opala meio problemático, gostei do seu testo e da sua historia.também tenho um opala diplomata 6cc alcool ano 87.quando comprei-o aparentemente estava ótimo,mas com algum tempo começei a perceber que estava longe disso.o carro não andava quase nada, o radiador estava entupido o cabeçote trincado, duas valvulas queimadas coletor do escape estourado bomba d água zuada, o carburador solex h34 duplo estágio só funcionava o primeiro o bagulho parecia um fiat 147 pra andar.daí com o tempo fui arrumando daqui e dali aos poucos .agora tá ficando bom, mas semana passada fui para o riacho grande dar um rolé mas logo na avenida prestes maia o carro parou daí eu coçei a cabeça porque afinal de contas eu ja tinha trocado o cabeçote as velas a bobina os fusíveis limpado o carburador 4 dias antes só não havia trocado a agulha do carburador.daí eu encostei perto da faculdade abc na principe de gales e ali mesmo tirei a tampa do filtro do carburador peguei o alicate veio e dei umas pancadas encima do carbura,dai o danado funcionou de novo andei alguns metros e parou novamente na avenida ali mesmo no meio do transito dei outras pancadinhas funcionou e saí, andei poucos metros e o bicho deu pau.sorte que consegui encostar o carro do lado direito e graças a Deus havia uma oficina mecânica, perguntei pro mecânico se ele tinha uma agulha do carburador solex h34, e pra minha sorte ele tinha uma novinha,coloque´-a e o carro funcionou legal.chegando no riacho o carro parou de novo.joguei ´´agua na bobina na bomba de combustivel e não esquentei muito a cabeça porque sabia que depois da frescurite ele haveria de funcionar.dito e feito funcionou e fui para a prainha curti uma represa e fui embora na volta o carro veio bem.conclusão testei a bomba e aparentemente está boa se der pau de novo não sei mais o que substituir só se trocar o motor inteiro rrrsssss.valeu se quiser me conhecer melhor mande-me um emai talvez a gente sai desfilando com os nossos opalões por aí

  2. Pois é, Vaner, todo mundo que tem Opala, COM CERTEZA também tem alguma história desse tipo para contar. No meu caso resolvi registrá-las por aqui…

    Agora, outra coisa: você só confirmou minha teoria de que, ao contrário de quem tem esses carros hiper ultra mega blaster plus computadorizados de hoje, os donos de carros, digamos, “antigos”, com um alicate, uma chave de fenda e um rolo de arame conseguem fazer praticamente QUALQUER COISA caso o veículo venha a dar algum defeito!

    Abração!

  3. É, meu caro, acho que vale a teoria do triciclo…

    Sabe quais são as duas ferramentas básicas de triker? Silver Tape e WD40: Se o que não devia mexer tá mexendo, Silver Tape; Se o que devia mexer não mexe, WD40 nele!! kkkkk

    Abraço!

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