O primeiro rolê

É LÓGICO que, com um velho carro novo na garagem, eu não iria deixá-lo ali parado sem curti-lo ao menos um pouquinho, antes de encostá-lo no estaleiro para reparos.

Até porque seria mesmo necessário dar umas voltas com ele para “sentir” onde estariam os problemas de maior gravidade.

Ciente da fama de bebedor do Opala, coloquei trintão no tanque e fui buscar o parceiro Evandro para o trabalho. Dá uma esticada daqui, uma acelerada dali, em seguida umas curvas mais fortes no caminho, deu pra sentir orgulho do motorzão 2500 (ou 2.5, se preferirem).

“Mas e aí, como é que ele está?” – foi a pergunta que ele fez pouco depois de entrar no carro.

Eu estava numa reta, em terceira, a cerca de 60km/h. Só dei uma olhadinha de lado, um meio sorriso no rosto, e falei: “diga-me você”.

E pisei.

E o motor rosnou forte de volta. A frente do carro deu uma levantada e a potência do bichão se fez sentir…

Que delícia!

Acho que nunca mais vou ficar satisfeito com carros pequenos (ou normais).

Agora eu entendo o porquê daqueles adesivos que normalmente se vê por aí em carros maiores: “Quem gosta de motorzinho é dentista”

2 comentários em “O primeiro rolê”

  1. O motor 2500 é muito bom… Mesmo pagando tão pouco pelo meu Opala, a mecânica e suspensão estão boas! Mas já está há quase 6 meses na UTI da funilaria! Muita coisa pra fazer…

  2. Essa questão de “UTI da funilaria” vai longe, meu amigo! Ainda mais se a gente mesmo se mete a fazer isso. Só posso trabalhar nas horas vagas – que vêm ficando cada vez mais e mais escassas…

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