Sobre o terrorismo no Brasil

(Aviso aos Navegantes: os gnomos revisores/censores que vivem nas entranhas deste blog classificaram este post como altamente sarcástico e politicamente incorreto. Se você for do tipo que fica indignado com coisas desse tipo, então pare agora e aguarde algum próximo texto não tão carregado. Pode voltar à sua leitura de Pollyana Moça, aos seus afazeres normais ou seja lá o que for que pessoas como você costumam fazer. Não diga que não avisei.)

Com todo respeito à desgraceira ocorrida na França – e realmente me chocou toda essa história – e sem entrar no mérito da outra desgraceira ocorrida em Minas, inclusive saindo fora da rasa discussão de quem é que está mais fodido ou a quem é que se “deve” apoiar, eis que (re)encontrei este texto que trata com um bom humor (negro) uma suposta estória de quem o Estado Islâmico queria explodir o Cristo Redentor…

Deleitem-se.

Documentos descobertos e mantidos em sigilo pela Polícia Federal do Brasil, FBI e Polícia Francesa revelam que o Estado Islâmico (ISIS) teria ordenado a execução de um atentado no Brasil.

O alvo da ação seria a estátua do Cristo Redentor, um dos símbolos mais conhecidos do Rio de Janeiro. Dois agentes da célula terrorista foram enviados para o sequestro de um avião que seria lançado contra a “estátua-símbolo dos infiéis cristãos”.

Os registros da Polícia Federal dão conta de que os dois terroristas chegaram ao Rio no domingo, 1º de novembro, às 21h47min, num vôo da Air France.

A missão começou a sofrer embaraços já no desembarque, quando a bagagem dos muçulmanos foi extraviada, seguindo num vôo para o Paraguai.

Após quase seis horas de peregrinação por diversos guichês e dificuldade de comunicação em virtude do inglês ruim, os dois saem do aeroporto, aconselhados por funcionários da Infraero a voltar no dia seguinte, com intérprete. Os dois terroristas apanharam um táxi pirata na saída do aeroporto, sendo que o motorista percebeu que eram estrangeiros e rodou duas horas dando voltas pela cidade, até abandoná-los em lugar ermo da Baixada Fluminense. No trajeto, ele parou o carro e três cúmplices os assaltaram e espancaram.

Eles conseguiram ficar com alguns dólares que tinham escondido em cintos próprios para transportar dinheiro e pegaram carona num caminhão que entregava gás. Na segunda-feira, às 7h33min, graças ao treinamento de guerrilha no Afeganistão, os dois terroristas conseguem chegar a um hotel de Copacabana.

Alugaram então um carro e se perderam no Rio; entraram para o lado da Rocinha e o carro foi totalmente metralhado. Mais uma vez, graças ao treinamento de guerrilha, se safaram e voltaram para o aeroporto, determinados a sequestrar logo um avião e jogá-lo bem no meio do Cristo Redentor. Enfrentam um congestionamento monstro por causa de uma manifestação de estudantes e professores em greve – e ficaram três horas parados na Avenida Brasil, altura de Manguinhos, onde seus relógios foram roubados em um arrastão. Às 12h30min, resolvem ir para o centro da cidade e procuram uma casa de câmbio para trocar o pouco que sobrou de dólares.

Recebem notas de R$ 100,00 falsas, dessas que são feitas grosseiramente a partir de notas de R$ 1,00.

Por fim, às 15h45min chegam ao Tom Jobim para sequestrar um avião.

Aeroviários e passageiros estão acantonados no saguão do aeroporto, tocando pagode e gritando slogans contra o governo.

O Batalhão de Choque da PM chega batendo em todos, inclusive nos terroristas.

Os árabes são conduzidos à delegacia da Polícia Federal no Aeroporto, acusados de tráfico de drogas, pois tiveram papelotes de cocaína plantados pelos manifestantes nos seus bolsos.

Às 18 horas em ponto, aproveitando o resgate de presos feito por um esquadrão de bandidos do Comando Vermelho, eles conseguem fugir da delegacia em meio à confusão e ao tiroteio. Às 19h05min eles se dirigem ao balcão da GOL para comprar as passagens.

Mas o funcionário que lhes vende os bilhetes omite a informação de que os vôos da companhia estão suspensos.

Eles, então, discutem entre si: começam a ficar em dúvida se destruir o Rio de Janeiro, no fim das contas, seria um “ato terrorista” ou “uma obra de caridade”.

Às 23h30min, sujos, doloridos e mortos de fome, decidem comer alguma coisa no restaurante do aeroporto. Pedem sanduíches de churrasquinho com queijo de coalho e limonadas. Voltam a acordar somente na terça-feira, às 4h35min, quando finalmente conseguem se recuperar da intoxicação alimentar de proporções equinas, decorrente da ingestão de carne estragada usada nos sanduíches. Foram levados para o Hospital Miguel Couto, depois de terem esperado três horas para que o socorro chegasse e percorresse cada um dos hospitais da rede pública até encontrar vagas. No hospital foram atendidos por uma enfermeira feia, grossa, gorda e mal-humorada.

Debilitados, só teriam alta hospitalar no domingo.

Domingo, 18h20min: ambos os terroristas, ainda convictos de sua missão, saem do hospital e chegam perto do estádio do Maracanã justamente no momento em que o Flamengo acabara de perder o jogo. A torcida rubro-negra confunde os dois com integrantes da galera adversária e lhes dá uma surra sem precedentes. O chefe da torcida é um tal de “Pé de Mesa”, que abusa sexualmente deles.

Às 19h45min, finalmente, são deixados em paz, com dores terríveis pelo corpo, em especial na área proctológica. Ao verem uma barraca de venda de bebida nas proximidades, decidem se embriagar ao menos uma vez na vida (mesmo que seja pecado, a essas alturas Alá que se foda!). Tomam cachaça adulterada com metanol e precisam voltar ao Miguel Couto.

Reencontram a mesma enfermeira feia, grossa, gorda e mal-humorada, que os recepciona. Ainda pior do que antes.

Quando finalmente são atendidos pelo corpo médico do hospital, os médicos também diagnosticam gonorréia no setor retofuricular inchado (Pé de Mesa não perdoa!).

Segunda-feira, 23h42min: os dois terroristas, mesmo que sem alta, deixam o hospital e fogem do Rio escondidos na traseira de um caminhão de eletrodomésticos, assaltado horas depois na Serra das Araras. Desnorteados, famintos, sem poder andar e sentar, eles são levados pela van de uma ONG ligada a direitos humanos.

Viajam deitados de lado.

Conseguem fugir do retiro da ONG no dia seguinte e perambulam o dia todo à cata de comida. Cansados, acabam adormecendo debaixo da marquise de uma loja.

A Polícia Federal ainda não revelou o hospital onde os dois foram internados em estado grave, depois de terem sido espancados quase até a morte por um grupo de mata-mendigos. O porta-voz da Polícia Federal declarou que, depois que os dois saírem da UTI, serão recolhidos no setor de imigrantes ilegais, em Brasília, onde permanecerão aguardando até o Ministério da Justiça autorizar a deportação dos dois infelizes, se tiver verba, é claro.

Algumas semanas depois, ainda aguardando o posicionamento do Ministério, os dois finalmente conseguiram acesso à Internet – ainda que precário – para divulgar uma nota onde consideraram desnecessário o terrorismo no Brasil e irão sugerir um convênio para realização, no Rio de Janeiro, de treinamento especializado para o pessoal do Estado Islâmico…