Orando por quem mesmo?…

Então.

Eu sempre costumo dizer que não precisamos de roteiristas ou ficcionistas, pois a vida nos dá munição… Segue mais um causo que ouvi recentemente para que vocês confirmem se estou certo ou não.

Coisa de umas duas décadas atrás. Um grupo de jovens reunia-se na casa de um deles para sua oração diária, como então era comum. Às vezes somente eles, às vezes com alguns amigos ou convidados, esse era o costume de então.

Para “não dar trabalho” um deles já chega na frente, um dos mais esforçados e, às vezes, atrapalhado do grupo, organiza tudo e faz os devidos arranjos num improvisado altar. Acende as velas, coloca um quadro, enfim, prepara o local para as visitas que virão orar.

Um a um vão chegando, se cumprimentando e já se preparando, também, para dar início à reza. Nesse dia, em especial, como convidado, um amigo do grupo, conhecido professor de história.

No instante em que começa a oração, eis que o professor pede um momento!

Confusos e sobressaltados eles param e olham em direção ao convidado, curiosos.

– Me digam uma coisa: estamos aqui para orar, certo?

– Sim, responde um deles.

– Mas, desculpem-me, é em intenção a alguém em especial?

– Não, viemos orar para Jesus, como sempre fazemos.

– Ah, por isso então desse quadro no altar?

– Sim, isso mesmo.

– Entendi. Mas vocês têm consciência que Jesus foi crucificado, não é mesmo?

– Claro, claro, vão respondendo um a um, maneando suas cabeças, ainda meio que confusos.

– Então podem me explicar o porquê desse quadro de um sujeito que não foi crucificado, mas sim enforcado, no caso, TIRADENTES???

Aula de sapateado

O trechinho do filme que reproduzo ao final é especial para os amantes de sapateado – os quais podem ser encontrados nos mais improváveis lugares!

Só para situar: trata-se do filme Young Frankenstein, uma paródia pra lá de bem humorada sobre a clássica estória de Mary Shelley contada no filme original de 1931. Nesse, um dos melhores trabalhos de Mel Brooks, temos Gene Wilder fazendo o papel de herdeiro do doutor Victor Frankenstein e, de posse de suas anotações, resolve recriar a experiência. O detalhe interessante, além de o filme ter sido rodado em preto e branco (pra manter o “clima”) é que alguns dos cenários utilizados são os mesmos que fizeram parte do original…

São inúmeras as cenas memoráveis (particularmente aprecio quando Igor, o ajudante, sai à busca de um cérebro para a criatura) e, dentre elas, temos quando o cientista “tenta” apresentar sua criação para a sociedade, querendo demonstrar que ele seria inofensivo.

Ele chega no palco, a criatura sob um avental. A platéia ameaça fugir, quase que aterrorizada. Ele pede calma e pede para que o monstro levante um braço. Ele levanta. A platéia: “oooohhh”. Pede para levantar outro braço. Ele levanta. A platéia: “ooooooohhhhh”. Uma perna, outra. A criatura atende. A platéia já voltou aos seus lugares e aplaude. Então, para corolar a apresentação, ele puxa o avental e deixa à vista o fraque por baixo do avental. Cada um dos dois recebe uma cartola e uma bengala e então…