Suicídio midiático?

Interessante (e, talvez, óbvia) constatação que figurou na Carta Capital desta semana e que trouxe reportagem sobre a alegação de Lula que “A imprensa brasileira deveria assumir categoricamente que tem um candidato e um partido. O que não dá é para ficarem vendendo uma neutralidade disfarçada.” Segue o trecho que me chamou a atenção – na página 41, pra ser mais exato:

Três semanas seguidas de denúncias unicamente contra Dilma Roussef tampouco passaram despercebidas para o comunicólogo Afonso de Albuqerque, do Departamento de Estudos Culturais e Mídia da Universidade Federal Fluminense. “Os modos de ver da impresna no Brasil me parecem, sim, muito partidários. E isso terá um custo político pós-eleitoral alto, para o PSDB e para a imprensa. São dois suicídios que me chocam, porque os jornais não avaliam o quanto estão perdendo em credibilidade”, diz.

4 thoughts on “Suicídio midiático?

  1. Bem, na prática essa “perda de credibilidade” seria para todos aqueles que ainda a tem. De minha parte já deixei de acreditar – há um bom tempo – nas vejas, folhas e globos da vida…

    E talvez seja isso o difícil: a Carta Capital acaba sendo “entendida” como uma revista de esquerda, quando não necessariamente o é. Apenas assumiu uma postura e trata a notícia como notícia. Até porque não dá pra se tapar o sol com a peneira… Se algo está errado, está errado – simples assim!

    Mas, como eu dizia, o difícil é não ter (entenda-se por eu não conhecer) outros veículos de comunicação com a mesma parcela de isenção para que se possa filtrar ainda mais o que seria notícia.

    Nesse sentido somente através da Internet é que, hoje, vejo a possibilidade de fazer uma análise um pouco mais crítica sobre o que está em voga…

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